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O que é varejo?
O varejo é a parte do comércio dedicada à venda de produtos direto para o consumidor final, com foco na experiência do cliente
O varejo é um dos setores mais dinâmicos e estratégicos da economia global e brasileira. Ele representa a venda direta de bens e serviços ao consumidor final, geralmente em pequenas quantidades, e é considerado a etapa final da cadeia de distribuição.
No varejo, o foco está em atender as necessidades e desejos imediatos dos consumidores, oferecendo conveniência, variedade e acesso facilitado a produtos e serviços. É no ponto de venda que as decisões de compra são efetivamente tomadas, tornando o varejo o elo final e muitas vezes o mais visível da jornada de consumo.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo brasileiro movimentou mais de R$ 3 trilhões em 2023, consolidando-se como um dos pilares do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
O que é varejo?
O varejo é um dos setores mais importantes da economia global, responsável pela venda direta de bens e serviços aos consumidores finais, sem intermediários. Ele funciona como o elo final da cadeia de suprimentos, conectando produtores, distribuidores e fabricantes aos consumidores, permitindo que os produtos e serviços estejam disponíveis para compra no momento e local certos.
Essa atividade vai muito além das vendas em loja física. O varejo moderno engloba uma variedade de canais de venda, incluindo supermercados, lojas de departamento, boutiques, lojas de conveniência, e-commerce, aplicativos móveis e marketplaces digitais.
Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o varejo digital no Brasil cresceu 10,4% em 2023, demonstrando como o comércio eletrônico se consolidou como um dos pilares de faturamento do setor.
História do varejo
O varejo, como prática comercial, possui uma trajetória milenar marcada por constante evolução e adaptação. Sua história acompanha de perto o desenvolvimento das civilizações humanas, refletindo mudanças sociais, tecnológicas e econômicas ao longo do tempo.
As primeiras formas de varejo remontam a cerca de 3.000 a.C., nas antigas civilizações da Mesopotâmia, com destaque para o famoso mercado de Ur. Esses mercados ao ar livre eram centros de trocas de bens como alimentos, tecidos e artesanato, sendo considerados os antecessores diretos do comércio varejista moderno.
Durante a Idade Média, o varejo ganhou novas formas com o surgimento das feiras sazonais e dos mercados urbanos nas cidades europeias. Essas feiras reuniam comerciantes de diversas regiões e permitiam a oferta de produtos diferenciados para as populações locais. Foi nessa época que surgiram também as primeiras lojas fixas, onde os mercadores passaram a vender seus produtos de forma mais estruturada, estabelecendo o conceito de ponto de venda permanente.
A Revolução Industrial, no século XVIII, foi um divisor de águas na história do varejo. A produção em massa, possibilitada pela mecanização, reduziu drasticamente os custos de fabricação, tornando os produtos mais acessíveis a uma parcela maior da população. Esse novo cenário favoreceu o surgimento de lojas de departamento, como a tradicional Macy’s, em Nova York (fundada em 1858), e a icônica Harrods, em Londres (inaugurada em 1834), que ofereciam uma ampla variedade de produtos sob um mesmo teto, criando uma experiência de compra inovadora para a época.
Já no século XX, o setor vivenciou outra transformação com o nascimento dos supermercados e do conceito de autoatendimento. Essa inovação, introduzida por Michael Cullen nos Estados Unidos, em 1930, alterou profundamente a forma de consumir, oferecendo mais autonomia ao cliente e reduzindo os custos operacionais das lojas.
O final do século XX e o início do século XXI trouxeram a revolução digital, marcando o surgimento do varejo eletrônico (e-commerce). Plataformas como Amazon, fundada em 1994, e, mais tarde, gigantes como Alibaba e Mercado Livre, popularizaram as compras online, oferecendo ao consumidor a possibilidade de adquirir produtos de qualquer lugar e a qualquer momento.
Atualmente, o varejo vive a era do omnichannel, integrando canais físicos e digitais para proporcionar ao consumidor uma experiência de compra fluida e personalizada. Segundo a Ebit | Nielsen, o comércio eletrônico brasileiro registrou mais de 395 milhões de pedidos em 2023, reforçando a força do canal digital dentro do varejo nacional.
Ao longo de sua história, o varejo sempre foi movido por inovação, adaptando-se às mudanças de comportamento do consumidor e às novas tecnologias. De mercados antigos a plataformas digitais, o setor segue como uma força essencial para a economia, sendo responsável por milhões de empregos e por uma parcela significativa do PIB em diversos países, incluindo o Brasil.
Quais os principais tipos de varejo?
Existem diversos tipos de varejo, cada um com suas próprias características e modelos de negócios:
- Varejo tradicional: Inclui lojas físicas como supermercados, lojas de departamento, farmácias, livrarias, entre outros. Essas lojas oferecem uma ampla variedade de produtos e geralmente contam com atendimento presencial.
- Varejo online: Com o avanço da tecnologia, o varejo online tornou-se uma parte significativa do mercado. Plataformas como Amazon, Alibaba, Mercado Livre e diversos outros sites oferecem produtos e serviços diretamente aos consumidores via internet, com opções de entrega em domicílio.
- Varejo de conveniência: São lojas de menor porte, localizadas em áreas de alto tráfego, que oferecem produtos básicos e de consumo rápido, como alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e conveniência.
- Varejo especializado: São lojas que se concentram em um nicho específico de mercado, como lojas de artigos esportivos, eletrônicos, moda, brinquedos, entre outros. Elas oferecem uma seleção mais especializada de produtos e muitas vezes possuem um público-alvo bem definido.
- Varejo de luxo: Esse segmento do varejo foca em produtos de alta qualidade, exclusivos e muitas vezes de marcas renomadas. São lojas que oferecem uma experiência de compra premium, com ambientes sofisticados, atendimento personalizado e produtos de alto valor agregado.
- Varejo 4.0 (Varejo Omnichannel e Data-Driven): Uma das maiores inovações dos últimos anos é o chamado Varejo 4.0, um conceito que representa a integração completa entre canais físicos e digitais, com forte apoio em tecnologias de dados, Inteligência Artificial, personalização em tempo real e automação de processos. Veja as principais características do Varejo 4.0
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Experiência Omnichannel: o cliente transita de forma fluida entre loja física, site, app e redes sociais;
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Uso de Big Data e Analytics: para prever comportamentos de compra e personalizar ofertas;
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Automação e Inteligência Artificial: chatbots, recomendações inteligentes, pagamentos contactless e logística preditiva;
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Experiências Imersivas: como realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e provadores virtuais.Varejo 4.0 (Varejo Omnichannel e Data-Driven): Uma das maiores inovações dos últimos anos é o chamado Varejo 4.0, um conceito que representa a integração completa entre canais físicos e digitais, com forte apoio em tecnologias de dados, Inteligência Artificial, personalização em tempo real e automação de processos.
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Segundo o relatório “Global Retail Trends 2024” da KPMG, mais de 70% dos varejistas líderes globais já estão investindo ativamente em estratégias de Varejo 4.0, com foco na experiência personalizada e na eficiência operacional.
O varejo é um setor extremamente diversificado, que abrange diferentes formatos de negócio, canais de venda e experiências de consumo. Conhecer os principais tipos de empreendimentos que fazem parte do varejo também é essencial para entender o dinamismo e a complexidade desse mercado:
Franchising (Franquias)
O franchising, também conhecido como franquia, é um modelo consolidado dentro do varejo brasileiro. Nesse sistema, uma empresa franqueadora concede a um empreendedor (franqueado) o direito de usar sua marca, produtos e know-how operacional, seguindo padrões estabelecidos.
Esse formato permite uma expansão rápida e estruturada da rede, com suporte contínuo, treinamentos, e padronização de processos.
De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o franchising brasileiro movimentou mais de R$ 240 bilhões em 2023, com destaque para os setores de alimentação, saúde, beleza e moda.
Lojas de departamento
As lojas de departamento são grandes espaços que reúnem uma ampla variedade de categorias de produtos, como vestuário, eletrônicos, móveis, cosméticos e artigos para o lar.
Grandes marcas como Renner, Riachuelo e C&A são exemplos clássicos no Brasil. Esses estabelecimentos oferecem uma experiência de compra centralizada e conveniente, ideal para consumidores que buscam variedade em um só lugar.
Supermercados
Os supermercados são um dos pilares do varejo alimentar. Com foco em autoatendimento e variedade, oferecem desde produtos frescos até itens de higiene, limpeza e utilidades domésticas.
De acordo com a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), o setor supermercadista representa cerca de 7% do PIB brasileiro, com mais de 91 mil lojas em operação.
Outlets
Os outlets são centros de compras especializados na venda de produtos com preços reduzidos, geralmente de coleções anteriores, excesso de estoque ou com pequenos defeitos de fábrica.
Esse formato de varejo de desconto é bastante popular entre consumidores que buscam marcas renomadas a preços mais acessíveis. No Brasil, locais como o Outlet Premium São Paulo são exemplos de sucesso.
Lojas de rua
As lojas de rua continuam sendo um formato relevante dentro do varejo físico, especialmente em centros urbanos e bairros comerciais.
Elas variam desde pequenas boutiques independentes até grandes unidades de marcas nacionais ou internacionais. O tráfego de pedestres e a proximidade com outros serviços são diferenciais estratégicos desse modelo.
E-commerce (Comércio Eletrônico)
O e-commerce, ou varejo digital, é hoje um dos segmentos de maior crescimento dentro do setor. Com a possibilidade de compras online 24 horas por dia, o comércio eletrônico tem atraído cada vez mais consumidores.
Segundo a ABComm, o varejo online brasileiro faturou R$ 185,7 bilhões em 2023, um aumento significativo impulsionado por categorias como moda, eletrônicos e alimentos.
Lojas de conveniência
As lojas de conveniência são formatos enxutos, com foco em compras rápidas e emergenciais, oferecendo produtos como snacks, bebidas, produtos de higiene e itens básicos para o dia a dia.
Geralmente localizadas em postos de gasolina, centros urbanos ou áreas de grande fluxo, funcionam com horários estendidos, incluindo finais de semana e feriados.
Principais características do varejo
Independentemente do formato, o que todos esses empreendimentos têm em comum é o objetivo de atender o consumidor final, oferecendo acessibilidade, variedade, conveniência e experiência de compra diferenciada:
- Atendimento ao consumidor: Uma das principais características do varejo é o atendimento direto aos consumidores. Isso envolve desde a interação inicial na loja até o processo de compra e pós-venda.
- Variedade de produtos: Os varejistas oferecem uma ampla gama de produtos e serviços para atender às necessidades e preferências dos consumidores. Isso inclui desde alimentos e roupas até eletrônicos, móveis e serviços como viagens e entretenimento.
- Localização estratégica: A localização das lojas no varejo é fundamental para atrair clientes. Os varejistas muitas vezes escolhem áreas com alto tráfego de pessoas para maximizar a visibilidade e conveniência para os consumidores.
- Preços e promoções: O varejo é conhecido por suas estratégias de precificação e promoções para atrair clientes. Isso inclui descontos sazonais, promoções de venda, programas de fidelidade e outras estratégias de marketing.
- Experiência do cliente: Muitos varejistas focam na criação de uma experiência de compra positiva para os clientes, investindo em design de loja, atendimento ao cliente de qualidade, ambiente agradável e serviços adicionais como entrega em domicílio e atendimento personalizado.
O varejo é um setor em constante transformação, impulsionado por mudanças no comportamento do consumidor, avanços tecnológicos e novas tendências de mercado.
Qual a diferença entre varejo e atacado?
O varejo e o atacado são dois setores distintos do mercado que desempenham papéis fundamentais na distribuição e comercialização de produtos. O varejo refere-se à venda de produtos diretamente aos consumidores finais, geralmente em pequenas quantidades. Esse setor está intimamente ligado ao comércio físico, como lojas de departamento, supermercados, boutiques e outros estabelecimentos onde os consumidores podem comprar produtos para uso pessoal ou familiar. Por exemplo, ao comprar roupas em uma loja de departamento ou mantimentos em um supermercado, os consumidores estão participando do setor varejista.
Por outro lado, o atacado está voltado para a venda de produtos em grandes quantidades para revendedores, empresas e instituições, em vez de consumidores individuais. Os atacadistas atuam como intermediários entre fabricantes ou distribuidores e os varejistas, fornecendo uma variedade de produtos em volume a preços competitivos. Eles operam em mercados de escala maior e atendem a uma demanda que vai além das necessidades dos consumidores finais. Por exemplo, um atacadista pode fornecer eletrônicos a uma rede de lojas de varejo ou produtos alimentícios a restaurantes e supermercados.
Essas distinções refletem não apenas os diferentes públicos-alvo e escalas de operação, mas também estratégias de marketing, logística e precificação distintas. Enquanto o varejo enfatiza a experiência do cliente, a disponibilidade de produtos em pequenas quantidades e a conveniência de compra, o atacado está mais focado em eficiência na distribuição, negociação de preços por volume e atendimento às demandas específicas de revendedores e empresas. Ambos os setores são essenciais para a economia, complementando-se na cadeia de suprimentos para garantir que os produtos cheguem aos consumidores de maneira eficaz e eficiente.
Leia também: Varejo e atacado: entenda as diferenças e características de cada um
Importância do varejo na economia
O varejo é muito mais do que a simples venda de produtos e serviços ao consumidor final. Ele desempenha um papel estratégico e fundamental para o crescimento econômico, o desenvolvimento social e a geração de empregos em todo o mundo. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o varejo brasileiro é responsável por cerca de 20% do PIB nacional, consolidando-se como um dos pilares da economia.
A seguir, entenda os principais motivos que tornam o varejo tão relevante para a economia:
Geração de empregos
O setor varejista é um dos maiores empregadores do Brasil e de diversos outros países. De acordo com o IBGE, o varejo emprega mais de 10 milhões de trabalhadores formais apenas no Brasil, abrangendo funções como:
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Vendas e atendimento ao cliente;
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Logística e distribuição;
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Marketing e merchandising;
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Administração e gestão de lojas;
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Tecnologia e e-commerce.
Além dos empregos diretos, o varejo também movimenta uma extensa cadeia de empregos indiretos, incluindo fornecedores, transportadoras, agências de publicidade e empresas de tecnologia.
Dinamismo econômico e estímulo ao consumo
O varejo é uma engrenagem essencial para o desequilíbrio entre oferta e demanda, impulsionando o consumo de bens e serviços. O aumento das vendas no varejo influencia diretamente:
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O crescimento da produção industrial;
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A arrecadação de impostos (ICMS, PIS, COFINS, entre outros);
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O fluxo de capital no mercado interno.
Durante datas sazonais como Black Friday, Natal e Dia das Mães, o impacto do varejo na economia é ainda mais evidente, com picos de vendas que estimulam toda a cadeia produtiva.
Inovação e competitividade
A alta competitividade do setor obriga os players do varejo a buscarem constantemente inovações em produtos, processos e experiência do cliente.
Empresas de todos os portes estão investindo em:
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Tecnologias de pagamento digital;
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Personalização de ofertas com uso de Inteligência Artificial;
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Novos modelos de negócio como click & collect, live commerce e venda via redes sociais.
Essa pressão por inovação beneficia o consumidor final, que passa a ter mais opções, melhores preços e experiências de compra mais fluídas.
Integração na cadeia de suprimentos
O varejo ocupa a ponta final da cadeia de suprimentos, funcionando como o elo direto entre fabricantes, distribuidores e consumidores.
Uma operação varejista eficiente ajuda a garantir:
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Menores prazos de entrega;
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Estoques mais bem dimensionados;
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Redução de perdas e rupturas de produtos nas prateleiras.
Além disso, o varejo serve como fonte de dados valiosa sobre o comportamento de compra, permitindo que fornecedores e fabricantes ajustem sua produção de acordo com a demanda real do mercado.
Acesso a mercados e fomento ao empreendedorismo
O varejo é um dos canais mais democráticos para que empresas de todos os tamanhos, desde pequenos negócios locais até multinacionais, tenham acesso direto ao consumidor.
A facilidade de abrir um ponto de venda físico ou uma loja virtual cria oportunidades para microempreendedores individuais (MEIs), pequenas empresas e startups, além de favorecer a inclusão de novos players no mercado.
Essa característica faz do varejo um setor estratégico para o fomento ao empreendedorismo, geração de renda e inclusão econômica.
Por que esse setor é tão estratégico?
O varejo oferece uma série de vantagens tanto para consumidores quanto para empresários e para a economia como um todo. Sua capacidade de gerar oportunidades, estimular o consumo e se adaptar rapidamente às mudanças do mercado faz do setor um dos mais dinâmicos e estratégicos da economia.
Confira as principais vantagens do varejo:
1. Proximidade com o consumidor final
Uma das maiores vantagens do varejo é a conexão direta com o consumidor. Isso permite que as empresas compreendam melhor os hábitos de compra, preferências e comportamentos de seus clientes. Essa proximidade facilita a criação de estratégias personalizadas, aumentando a fidelização e a satisfação.
2. Alta capacidade de adaptação
O varejo é um dos setores mais ágeis na hora de responder às mudanças do mercado. Seja ajustando o mix de produtos, criando promoções sazonais ou implementando novas tecnologias, o varejo consegue se adaptar rapidamente às novas demandas dos consumidores e às tendências emergentes.
3. Diversificação de formatos de venda
Outra vantagem do varejo é a sua diversidade de formatos. Os empresários podem escolher entre lojas físicas, e-commerce, pop-up stores, marketplaces ou ainda adotar um modelo omnichannel, integrando todos esses canais para oferecer uma experiência de compra mais completa.
4. Estímulo ao empreendedorismo
O varejo é um dos setores mais acessíveis para quem deseja empreender. Com investimentos iniciais variados e formatos que vão desde o comércio local até grandes franquias, ele permite a entrada de novos empreendedores, fomentando a geração de emprego e renda.
5. Geração de fluxo de caixa diário
Ao contrário de setores que operam com ciclos de venda mais longos, o varejo oferece a vantagem de um fluxo de caixa constante e diário, o que facilita o planejamento financeiro e a gestão do capital de giro das empresas.
6. Fonte de dados estratégicos
Por estar em contato direto com o consumidor final, o varejo é uma riqueza de dados de mercado, que podem ser usados para análise de tendências, desenvolvimento de novos produtos e aprimoramento das estratégias de marketing.
Essas vantagens do varejo reforçam o porquê de o setor ser considerado uma das engrenagens centrais da economia moderna, com grande capacidade de gerar impacto social, econômico e de inovação.
Como ter sucesso no varejo
Alcançar o sucesso no varejo exige mais do que simplesmente oferecer produtos. É preciso entender o comportamento do consumidor, adaptar-se às mudanças do mercado e adotar estratégias que fortaleçam o relacionamento com o cliente.
O primeiro passo é conhecer profundamente o público-alvo. Entender os desejos, as necessidades e os hábitos de compra do consumidor permite criar ofertas mais assertivas e campanhas de marketing direcionadas. O uso de ferramentas de análise de dados e pesquisas de mercado é fundamental para mapear esse perfil com precisão.
Investir na experiência do cliente também é uma peça-chave para o sucesso no varejo. O consumidor atual valoriza muito mais do que o preço: ele busca atendimento de qualidade, agilidade, conveniência e uma jornada de compra sem atritos. Lojas com layout atrativo, vendedores bem treinados e canais de comunicação eficientes fazem toda a diferença. Estudos da PwC indicam que 86% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por uma experiência superior no varejo, o que reforça a importância desse fator.
A digitalização é outro caminho indispensável para quem deseja se destacar no setor. A integração entre loja física e canais digitais, conceito conhecido como omnichannel, já é uma realidade nas redes varejistas mais bem-sucedidas. Plataformas de e-commerce, soluções de pagamento digital, ferramentas de CRM e sistemas de gestão de estoque ajudam a otimizar processos e melhorar a experiência de compra.
Além disso, um mix de produtos bem planejado é essencial. O sortimento deve ser definido com base no perfil de consumo local, no giro de estoque e na margem de contribuição de cada categoria. Isso evita excesso de estoque, melhora a rentabilidade e garante que o cliente encontre o que procura.
A gestão por indicadores também é determinante no varejo. Monitorar KPIs como faturamento por metro quadrado, ticket médio, taxa de conversão e margem de lucro ajuda o varejista a tomar decisões mais estratégicas e baseadas em dados reais.
Outro ponto que impacta diretamente o sucesso é a capacitação da equipe. Investir em treinamentos constantes sobre atendimento, técnicas de venda, uso de ferramentas digitais e gestão de conflitos contribui para criar um time preparado para encantar os clientes e maximizar os resultados.
Por fim, acompanhar as principais tendências do varejo é uma atitude que diferencia os players que lideram o mercado. Temas como sustentabilidade, social commerce, experiências phygital, live commerce e personalização com base em dados estão moldando o futuro do varejo e devem fazer parte das estratégias de quem busca crescimento.
Combinando conhecimento de mercado, foco no cliente, uso inteligente da tecnologia e uma gestão orientada por resultados, o caminho para o sucesso no varejo se torna mais sólido e promissor.
Tendências do varejo para os próximos anos
O varejo está em constante transformação e as tendências para os próximos anos indicam um cenário ainda mais dinâmico, tecnológico e centrado no consumidor. A combinação de novas tecnologias, mudanças no comportamento de compra e maior exigência por experiências personalizadas está moldando o futuro do setor.
Uma das principais tendências é a consolidação do varejo omnichannel, onde os consumidores podem transitar de forma fluida entre loja física, e-commerce, aplicativos móveis e até redes sociais. A integração de canais não é mais um diferencial, mas uma exigência básica para atender às expectativas dos clientes. Segundo relatório da KPMG Global Retail Trends 2024, mais de 70% dos varejistas líderes já estão investindo fortemente em estratégias omnichannel para melhorar a experiência de compra.
Outro movimento em destaque é o uso de Inteligência Artificial (IA) e Big Data para personalização em larga escala. As redes de varejo estão utilizando algoritmos para sugerir produtos, prever demandas e até definir promoções individualizadas, com base no histórico de compras e no comportamento online de cada cliente. Isso gera uma experiência de compra mais personalizada e aumenta significativamente as taxas de conversão.
O conceito de sustentabilidade no varejo também ganha força. Consumidores estão cada vez mais atentos às práticas socioambientais das marcas com as quais se relacionam. Isso leva os varejistas a adotarem iniciativas como redução de embalagens, logística reversa, programas de reciclagem e oferta de produtos com menor impacto ambiental.
Outra tendência relevante é o crescimento do social commerce, ou seja, o uso de redes sociais como canais diretos de vendas. Plataformas como Instagram, TikTok e WhatsApp já oferecem ferramentas que permitem aos consumidores comprar produtos sem sair dos aplicativos, tornando a jornada de compra ainda mais rápida e interativa.
Além disso, o conceito de experiências phygital — a fusão entre o mundo físico e digital — está redefinindo o layout de lojas e a forma como o consumidor interage com os produtos. Exemplos disso incluem provadores virtuais, vitrines interativas, realidade aumentada e o uso de QR codes para acessar informações complementares no ponto de venda.
Por fim, o live commerce, com transmissões ao vivo para venda de produtos, segue como uma tendência em expansão, trazendo ao varejo uma nova forma de engajamento e conversão rápida.
Todas essas tendências reforçam que o futuro do varejo será dominado por quem conseguir unir tecnologia, personalização, propósito e experiência de compra diferenciada. Adaptar-se a essas mudanças não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para garantir competitividade e relevância no mercado.
As maiores varejistas do Brasil
O varejo brasileiro é dominado por grandes grupos que combinam crescimento expressivo, presença física e forte atuação digital. Confira os principais players do setor:
- Grupo Carrefour Brasil: Líder absoluto no varejo alimentar, o Carrefour faturou R$ 120,6 bilhões em 2024, liderando o ranking da ABRAS pelo nono ano consecutivo;
- Assaí Atacadista: Nº 2 no ranking geral, com receita de R$ 80,6 bilhões em 2024. Destaca-se também globalmente, ocupando a 92ª posição no ranking dos 250 maiores varejistas do mundo;
- Grupo Mateus: Faturou R$ 36,4 bilhões no último ano, consolidando sua atuação nas regiões Norte e Nordeste;
- Supermercados BH: Com receita de R$ 21,3 bilhões, figura entre os 5 maiores players do segmento em 2024;
- GPA (Grupo Pão de Açúcar): Com faturamento aproximado de R$ 20 bilhões em 2024 , o GPA opera grandes marcas como Extra, Pão de Açúcar e Assaí;
Esses players refletem a força e a solidez do varejo no Brasil, destacando-se tanto em presença física quanto no avanço digital — um equilíbrio fundamental para a competitividade no setor.
Imagem: Envato