Economia
Pan, marca de chocolates, vai a leilão por R$ 27 milhões
Marca famosa pelos cigarrinhos e moedas de chocolate é disputada por 12 empresas, sendo 10 do setor alimentício
O leilão da marca de chocolates Pan teve início nesta segunda-feira (29) às 13h em São Paulo, com um lance mínimo estipulado em R$ 27,7 milhões. Até o momento, 12 empresas estão participando da disputa pela marca conhecida por seus cigarrinhos, moedas e lápis de chocolate nas décadas de 60 e 80, com dez delas pertencendo ao setor alimentício.
A quantia arrecadada visa quitar as dívidas pendentes da empresa. Após ter decretado falência em fevereiro do ano anterior, a empresa vendeu sua fábrica situada em São Caetano do Sul, no ABC paulista, à Cacau Show, por um montante de R$ 71 milhões, em um leilão realizado ainda em setembro.
A Pan ostenta uma projeção de faturamento anual avaliada em R$ 51 milhões, conforme indicado em um relatório aprovado pela Justiça de São Paulo, que também estabelece uma taxa de royalties de 5% a ser aplicada em eventuais licenciamentos, representando mais de R$ 2,1 milhões, dado seu valor histórico. A empresa detém sob seu guarda-chuva 37 marcas de chocolates.
O leiloeiro oficial Erick Teles expressa confiança de que a venda alcançará o mesmo êxito obtido na alienação do imóvel da antiga fábrica da Pan. “a marca tem enorme potencial de mercado. Por isso, o leilão tem atraído muitos interessados”, afirma.
De acordo com Raquel Monteiro, diretora jurídica da Positivo Leilões, a plataforma encarregada de conduzir o leilão, o processo deve ocorrer em três fases. A primeira teve início nesta segunda-feira e se estende até o dia 1º de fevereiro, com as marcas sendo leiloadas pelo valor mínimo de R$ 27,7 milhões.
Caso não haja lance vencedor, o leilão prossegue para uma segunda etapa, com metade do valor inicial. Na ausência de novo lance, a disputa avança para a terceira fase, onde não há um valor mínimo estipulado.
Fábio Garcia, administrador judicial da ARJ Consultoria e Assessoria Empresarial, afirma que a Pan tem uma “história centenária” e está presente na memória afetiva dos brasileiros. “Quem comprá-la terá a oportunidade de reviver essa incrível história, com um detalhe fundamental: livre de qualquer dívida. É como começar uma nova vida, sem ter que olhar para trás, com uma marca conhecida e com enorme potencial de crescimento no mercado de chocolates.”
Com informações de Agência O Globo
Imagem: Reprodução