Operação
Polishop enfrenta despejos em shoppings e fortalece vendas online
Nos últimos três anos, a varejista diminuiu o número de lojas de 278 para 161, empresa alega que redução é estratégica
A Polishop, conhecida por comercializar eletroeletrônicos, eletrodomésticos e produtos para a casa, enfrenta atualmente um cenário desafiador com ações de despejo em diversos shoppings, o que levou a empresa a reduzir drasticamente o número de lojas em operação, segundo informações divulgadas pela Folha S. Paulo. De acordo com informações do próprio site da rede, o número de pontos de venda caiu significativamente nos últimos três anos, passando de 278 lojas físicas em 2020 para 161 no início do ano em questão.
A companhia alega que esse processo de redução faz parte de uma estratégia planejada para o período pós-pandemia, buscando o reposicionamento da marca. Essa estratégia inclui o fechamento de unidades próprias e o foco no crescimento das lojas de rua por meio do modelo de franquias, visando alcançar municípios que não contam com shoppings centers, onde a Polishop costumava concentrar suas operações.
Apesar das ações de despejo enfrentadas, a empresa não comentou oficialmente sobre esse aspecto e preferiu destacar o aumento da participação das vendas online como parte de sua adaptação ao novo cenário de mercado. A Polishop acredita que esse reposicionamento, juntamente com o crescimento das franquias, contribuirá para o crescimento sustentável da rede.
Diversos shoppings em diferentes regiões do país entraram com ações judiciais de despejo e execução de garantias previstas nos contratos, o que resultou em acordos, bloqueio de ativos e pagamentos de valores em atraso por parte da Polishop. Algumas das ações de despejo foram contestadas pelos juízes, levando em consideração o princípio da preservação da função social das empresas e o risco de dano irreparável causado pelo fechamento de estabelecimentos comerciais.
A Polishop também enfrentou disputas relacionadas aos valores de aluguel em alguns shoppings, onde a empresa propôs pagamentos considerados abaixo do valor do ponto comercial. Em alguns casos, acordos extrajudiciais foram firmados para encerrar essas disputas.
Além dos casos mencionados, o sistema de acompanhamento processual do Tribunal de Justiça de São Paulo indica que a Polishop foi processada por administradoras de shoppings em outras localidades do estado, incluindo Praia Grande, Sorocaba, Cotia, e pelos shoppings metrô Tucuruvi e Itaquera. O cenário mostra que a rede varejista enfrenta desafios significativos em sua operação física, mas busca adaptar-se ao contexto pós-pandemia focando no e-commerce e na expansão das franquias para garantir sua continuidade e crescimento no mercado.
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