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Possível cisão de Arezzo e Grupo Soma causa queda de 10% nas ações de conglomerado

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imagem de loja da Arezzo

As ações do Azzas 2154, maior conglomerado de moda do Brasil, registraram queda de 10,42% na sexta-feira (14), resultando na perda de R$ 510 milhões em valor de mercado em um único dia. O movimento ocorreu após a publicação de uma reportagem pela coluna Pipeline, do Valor Econômico, indicando que a fusão entre Arezzo e Grupo Soma, que deu origem ao grupo, estaria próxima de ser desfeita.

Os executivos Alexandre Birman e Roberto Jatahy, que lideram o grupo, estariam discutindo os termos da separação. Na sexta-feira, os papéis da companhia fecharam a R$ 21,50, o menor valor desde 1º de agosto do ano passado, quando a fusão foi concluída. Desde então, o valor de mercado do Azzas 2154 caiu de R$ 10 bilhões para R$ 4,44 bilhões.

Possível divisão das marcas

Caso a cisão ocorra, a divisão de marcas entre os executivos pode seguir a estrutura original anterior à fusão. Nesse cenário, Birman ficaria com Arezzo, Schutz, Anacapri e Reserva, enquanto Jatahy assumiria Farm, Animale e outras marcas do grupo. Uma possibilidade em discussão é a permanência da Hering sob a administração de Birman, em vez de integrar o portfólio de Jatahy.

Nos últimos meses, o Azzas 2154 anunciou o encerramento das operações das marcas Alme, Dzarm, Reversa Simples e Troc, além da revenda da Baw aos seus fundadores.

Diferenças na gestão e impacto no setor

A fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma foi considerada desafiadora desde o início, segundo especialistas do setor. A principal razão apontada é a diferença nos estilos de gestão de Birman e Jatahy. Enquanto Birman adota um modelo mais centralizador e focado no mercado financeiro, Jatahy prioriza a eficiência interna e a autonomia das lideranças criativas.

O possível desmembramento do grupo gera preocupação no setor de moda e varejo, incluindo impactos na concorrência e na manutenção de empregos ao longo da cadeia produtiva. A saída de executivos também tem chamado atenção, como a de Rony Meisler, fundador da Reserva, e de Paulo Kruglensky, responsável pela integração das operações dos dois grupos, que deixou o cargo após seis meses.

O Azzas 2154 ainda não se manifestou oficialmente sobre a possível cisão.

Imagem: Divulgação

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