Economia
Preço do dólar cai pela primeira vez em um mês
Mesmo com a queda, a tendência ainda é de alta para a moeda americana, o que impacta as importações e exportações de todo o mundo
Ontem, o preço do dólar baixou pela primeira vez desde 26 de setembro, quando estava sendo vendido por R$ 4,98. A moeda americana chegou no patamar de R$ 5,00, e ainda se mantém no dia de hoje. A queda foi de 0,014 (-0,29%), o que fez a divisa de outubro ficar em baixa de 0,2%; em 2023, até o momento, o dólar caiu 4,98%. Esse recuo marca a diminuição da tensão no mercado de ações americano, que tem enfrentado dificuldades.
Especialistas estimam que o dólar aumentou por uma expectativa dos investidores na divulgação do PIB americano, que deve ser feita amanhã, 25. Além disso, o Índice de Preços de Despesas (PCE) também deve sair essa semana. Investidores especulam que, caso indicadores sejam positivos, a moeda pode continuar subindo. De acordo com o especialista em finanças e investimentos, Hulisses Dias, “Mesmo com a queda recente, se olharmos as cotações de curto prazo a tendência ainda é de alta, no entanto, ainda há espaço para o Dólar buscar os R$ 4,95. Nessa semana serão divulgados dados do produto interno bruto (PIB) e de inflação, além da reunião do Banco Central americano na semana que vem, a incerteza quanto aos dados a serem divulgados acaba gerando uma maior volatilidade”.
Em todo o planeta, as bolsas de valores estiveram em alta, porém, o Brasil não seguiu a mesma tendência. A Ibovespa fechou em 112.784 pontos, com recuo de 0,33%. Essa foi a quinta queda seguida da bolsa brasileira, motivada pelo anúncio da Petrobrás de reformular o estatuto social da empresa, o que abalou os investidores. As ações da petroleira (PETR4) tiveram queda de 6,61%. “Uma queda do dólar torna as importações mais baratas, levando a um custo menor de produção para as empresas que importam matéria-prima. Por outro lado, as empresas exportadoras acabam impactadas negativamente”, explica Dias.
A guerra entre Israel e Hamas tem abalado o mundo, porém, seus impactos ainda não chegaram na bolsa de valores americana, uma vez que ainda não abalou a produção e venda de petróleo. Porém, especialistas temem o espalhamento da guerra pelo mundo Árabe, e uma nova invasão de Israel à Gaza.
Imagem: Envato