Principais tendências tecnológicas para a cadeia de suprimentos em 2025

Inteligência artificial, automação e robótica terão um papel decisivo nas cadeias de suprimentos este ano. Essa é a conclusão de uma análise da Gartner Inc., cuja área especializada em cadeia de suprimentos identificou as sete tecnologias listadas abaixo como as mais influentes para organizações do setor em 2025.

Inteligência ambiente invisível
Possibilitada por sensores e etiquetas inteligentes extremamente baratos e pequenos, a inteligência ambiente invisível permite o rastreamento e monitoramento em larga escala com baixo custo, oferecendo visibilidade em tempo real das cadeias de suprimentos. Segundo a Gartner, essa tecnologia é especialmente útil no controle de bens perecíveis e para garantir conformidade com regulamentações ambientais, graças à maior rastreabilidade.

Força de trabalho conectada e aumentada (ACWF)
Iniciativas de ACWF utilizam ferramentas digitais para aumentar a precisão das decisões e reduzir a variabilidade entre colaboradores. A Gartner recomenda que as organizações digitalizem procedimentos operacionais padrão para acelerar o treinamento dos funcionários e melhorar a produtividade nas operações de manufatura e logística.

Interface de usuário multimodal (UI)
Uma interface multimodal permite aos usuários interagir com sistemas por meio de diversos métodos de comunicação, melhorando a experiência e a eficiência do usuário. Em um exemplo fornecido pela Gartner, essa abordagem está sendo adotada na logística para aumentar a segurança e a produtividade dos motoristas por meio de controles por voz e interfaces baseadas em gestos.

Robôs polifuncionais
Robôs polifuncionais conseguem executar múltiplas tarefas e se adaptar rapidamente a novas funções. Segundo a Gartner, esses robôs são cada vez mais utilizados em armazéns para tarefas como separação e embalagem, reduzindo a necessidade de intervenção humana.

IA agente (Agentic AI)
Sistemas de IA agente oferecem uma força de trabalho virtual de agentes de inteligência artificial que tomam decisões de forma autônoma, melhorando a adaptabilidade e eficiência nas operações da cadeia de suprimentos. A Gartner exemplifica isso com agentes otimizando a gestão de estoques, ajustando autonomamente os níveis conforme previsões de demanda em tempo real.

Coleta autônoma de dados
Tecnologias como drones e robôs móveis capturam dados de forma autônoma, aumentando a produtividade e reduzindo mão de obra nas operações de suprimentos. Por exemplo, a Gartner destaca o uso de drones em armazéns para realizar verificações de estoque, reduzindo significativamente o tempo e os riscos associados à contagem manual.

Inteligência de decisão (DI)
A inteligência de decisão combina modelagem decisória, inteligência artificial e análises para apoiar, aprimorar e automatizar tomadas de decisão. De acordo com a Gartner, essa tecnologia permite que líderes de supply chain compreendam como as ferramentas chegam a decisões, melhorando-as continuamente com base no feedback.

Simulação inteligente
Ao integrar inteligência artificial e machine learning em modelos tradicionais de simulação, a simulação inteligente melhora as capacidades preditivas e a tomada de decisões na cadeia de suprimentos. Um exemplo fornecido pela Gartner é a otimização de rotas logísticas e layouts de armazéns, melhorando a eficiência e reduzindo custos.

A Gartner também identificou duas grandes temáticas que impulsionam essas tendências: a necessidade de os líderes de supply chain aproveitarem as tecnologias emergentes para aumentar a conectividade, e ferramentas que promovem inteligência para impulsionar diferenciação competitiva e eficiência operacional.

“As tendências deste ano destacam o potencial transformador da conectividade e da inteligência nas cadeias de suprimentos, permitindo aos líderes aumentar a eficiência operacional e a adaptabilidade”, afirmou Christian Titze, VP analista e chefe de pesquisa na prática de cadeia de suprimentos da Gartner. “Ao avaliar e integrar tecnologias avançadas, como IA agente e simulação inteligente, as organizações podem alcançar objetivos específicos, estimular a inovação e garantir uma vantagem competitiva de longo prazo.”

Imagem: Reprodução
Informações: Dan Berthiaume para CSA
Tradução livre: Central do Varejo