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Economia

Produção industrial brasileira cai 0,9% em maio

Entre as 25 atividades analisadas, 16 apresentaram queda, com destaque para o setor de produtos alimentícios, que recuou 3,2%

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homem operando maquinário em indústria; produção industrial

A produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,9% em maio de 2024, interrompendo uma sequência de crescimento de três meses consecutivos. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração ocorre em um cenário econômico desafiador, marcado por incertezas e variações na demanda interna e externa.

Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial registrou uma alta de 1,9%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o crescimento é de 1,2%, evidenciando um ritmo de recuperação gradual, apesar das oscilações mensais.

Desempenho por setores

O recuo da produção foi observado em diversas atividades industriais. Entre as 25 atividades analisadas, 16 apresentaram queda, com destaque para o setor de produtos alimentícios, que recuou 3,2%. Este setor é o que mais pesa na composição do índice geral e teve influência significativa no resultado negativo de maio.

Outros setores que contribuíram para a queda foram o de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%) e o de indústrias extrativas (-1,4%). Por outro lado, houve crescimento em setores como o de máquinas e equipamentos (4,6%) e o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,8%), que amenizaram a queda geral.

A expectativa dos especialistas é de que a indústria brasileira continue enfrentando desafios nos próximos meses. A alta nos custos de produção, a volatilidade cambial e a desaceleração da economia global são fatores que podem impactar o desempenho do setor. No entanto, medidas de incentivo à produção e investimentos em tecnologia e inovação são apontadas como essenciais para estimular o crescimento industrial.

“Em maio, houve predominância de resultados negativos de forma geral, com queda na margem e na comparação com maio do ano anterior, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores. Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e um dos fatores que explicam esse resultado são as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.

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