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Produtos com desempenho consistente têm mais chances de se manter no topo, aponta estudo

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Laptop aberto e desligado com miniatura de carrinho de supermercado rodeado por miniaturas de caixa de papelão, representando comércio digital; vendas globais; produtos

A Lett, marca da Neogrid, divulgou um estudo inédito que analisou os principais fatores que influenciam o ranqueamento de produtos no comércio eletrônico, com foco especial na Amazon Brasil. A pesquisa utilizou técnicas de machine learning e SHAP e avaliou as 30 primeiras posições (orgânicas e patrocinadas) entre outubro de 2024 e março de 2025, em quatro categorias: alimentos e bebidas; higiene e cuidados pessoais; saúde e bem-estar; e limpeza.

Segundo o levantamento, produtos com desempenho consistente têm maior probabilidade de se manter bem posicionados, especialmente quando apresentam bons resultados nos três dias anteriores. A análise também identificou que itens com preços ligeiramente inferiores aos dos concorrentes tendem a ter melhor desempenho.

Visibilidade e vendas

De acordo com dados da Amazon citados no estudo, 86% das vendas estão concentradas entre os dez primeiros resultados de busca. “O monitoramento confirma a lógica do ciclo de retroalimentação: produtos que aparecem no topo vendem mais e produtos que vendem mais continuam no topo. As marcas precisam dominar essa dinâmica para garantir presença e performance”, afirma Cynthia Prado Andrade de Menezes, gerente Sênior de Estratégias Digitais da Neogrid.

Avaliações e reviews

O estudo mostra que produtos com avaliação média de 4,9 estrelas exibem posições superiores àqueles com nota máxima. De acordo com a pesquisa, uma leve imperfeição torna o feedback mais confiável para o consumidor. Além disso, o volume de avaliações se mostrou tão ou mais relevante que a nota média. Produtos bem avaliados, mas com poucos comentários, tendem a ter menor visibilidade frente a concorrentes com mais reviews.

Esse resultado é reforçado pela pesquisa “Dados sobre Consumo e Fidelização no Brasil”, realizada pela Neogrid em parceria com o Opinion Box, segundo a qual 60% dos consumidores brasileiros consideram a experiência em sites e aplicativos um fator “muito importante” na decisão de compra. “Avaliações entre 1 e 3,2 estrelas, por exemplo, derrubam a performance do produto, enquanto avaliações acima de 4,7 têm impacto positivo, sendo 4,9 o ponto ótimo”, acrescenta Menezes.

Preço e equilíbrio

Outro fator identificado é o preço. Itens com valores muito baixos tendem a ter desempenho inferior, enquanto preços levemente abaixo da mediana dos concorrentes apresentaram melhores resultados. Preços excessivamente altos, por sua vez, impactam negativamente o ranqueamento.

Conteúdo e influência

A análise também mostrou que o conteúdo exerce influência limitada sobre o ranqueamento. Palavras-chave no título contribuem positivamente, mas o excesso de imagens secundárias pode prejudicar o desempenho orgânico. Já o uso moderado de palavras-chave na descrição ajuda, mas não é determinante. Segundo o estudo, o conteúdo visual e textual tem mais impacto na decisão de compra do consumidor do que no algoritmo.

Retail media

O estudo relaciona ainda o ranqueamento orgânico com o crescimento dos investimentos em retail media. Segundo dados da eMarketer, a adoção desse formato pelas marcas brasileiras cresceu 43,5% em 2024. De acordo com a pesquisa Retail Media Insights 2024, 64% das grandes marcas já utilizam retail media. A Amazon é o canal preferido de 81% delas, seguida por Mercado Livre (62%) e Magalu (29%).

Jornada de compra

A Amazon estima que 70% dos consumidores iniciam a compra pela barra de pesquisa das plataformas. “A lógica é simples: se a jornada de compra começa na busca interna do e-commerce, é lá que as marcas querem (e precisam) aparecer”, explica Menezes.

“A combinação entre algoritmo, reviews e mídia define quem permanece imprescindível e quem sai da prateleira digital”, afirma Menezes. “As marcas que não dominarem essa equação vão perder espaço, mesmo com bons produtos. No e-commerce, quem não aparece, não vende”, conclui.

Imagem: Envato

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