Franchising
Recuperação de shoppings é mais rápida no Nordeste e Norte do país
De acordo com estudo elaborado pelo Santander, regiões são as únicas que já superaram o patamar registrado antes da pandemia
A recuperação do setor de shoppings no Brasil após a pandemia tem sido mais forte nas regiões Norte e Nordeste. Ao mesmo é o que aponta um estudo do Santander sobre este mercado, feito a partir de dados de empresas como Aliansce Sonae e BRMalls, que possuem ações na bolsa de valores e presença relevante no Nordeste. Os detalhes do documento, divulgado pelo Valor Econômico, apontam que as duas regiões são as únicas em que as vendas já ultrapassaram os números pré-pandemia.
De acordo com a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), as vendas totais nos shoppings, incluindo os novos empreendimentos, aumentaram 17,7% no Norte e 3,3% no Nordeste entre 2019 e 2022. Enquanto isso, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram desempenho negativo de 0,5% no mesmo período, com um faturamento de R$191,8 bilhões no ano passado.
O presidente da Multiplan, Eduardo Peres, mencionou em uma entrevista recente que a empresa pretende expandir sua presença no mercado nordestino, que é o segundo maior do país depois do Sudeste. Atualmente, a Multiplan possui apenas 50% de participação no Shopping Parque Maceió na região, que tem uma população três vezes maior do que a do Norte e um PIB duas vezes maior.
O estudo do Santander ainda mostra que não apenas as vendas, mas também as receitas provenientes de aluguéis dos shoppings na região estão crescendo a um ritmo mais acelerado do que no Sul e Sudeste, embora ainda fiquem atrás do Centro-Oeste e Norte. Com a recuperação, o Nordeste aumenta sua participação no mercado nacional de shoppings, passando de 18% para 19% mesmo com o PIB loval enfrentando mais dificuldades do que a média nacional para se recuperar após a pandemia.
Dentre as hipóteses levantadas para explicar o fenômeno, destacam-se: o fortalecimento do turismo interno logo após a pandemia, os programas de transferência de renda emergencial e o consumo da poupança acumulada durante a crise sanitária.
Por fim, o documento ainda destaca Recife e Fortaleza entre os cinco melhores mercados de shoppings do país, com potencial de consumo semelhante a Belo Horizonte e Rio de Janeiro. São Paulo ocupa o topo do ranking.
Imagem: Freepik