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Rede americana de drogarias é proibida de usar reconhecimento facial

Decisão foi tomada após diversas falsas acusações de crimes que afetaram pessoas negras

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Loja da Rite Aid, drogaria americana que teve proibido o uso de sistemas de reconhecimento facial

A rede americana de drogarias Rite Aid aceitou uma proibição do uso de software de reconhecimento facial por cinco anos devido a acusações falsas decorrentes da tecnologia, que afetaram desproporcionalmente pessoas negras, disse a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC).

A varejista falhou em impor precauções razoáveis em seu uso de reconhecimento facial, resultando em milhares de identificações falsas de clientes acusados de furtos e outros comportamentos inadequados, afirmou uma queixa legal da FTC.

Respondendo a alertas falsos, funcionários passaram a seguir consumidores pela loja, revistaram-nos, acusaram-nos de má conduta na frente de amigos e familiares e chamaram a polícia para removê-los, afirmou a queixa.

A empresa também optou por não informar os clientes sobre o uso de reconhecimento facial e desencorajou os funcionários de fazê-lo, de acordo com a FTC.

“O uso imprudente dos sistemas de vigilância facial pela Rite Aid deixou seus clientes passando por humilhação e outros danos, e as violações de sua ordem colocaram em risco informações sensíveis dos consumidores”, disse Samuel Levine, diretor do Gabinete de Proteção ao Consumidor da FTC, em comunicado.

“A ordem inovadora de hoje deixa claro que a Comissão será vigilante na proteção do público contra a vigilância biométrica injusta e práticas de segurança de dados injustas”, acrescentou Levine.

Em comunicado, a empresa disse estar “satisfeita por chegar a um acordo” com a FTC. No entanto, a Rite Aid acrescentou: “Nós discordamos fundamentalmente das alegações de reconhecimento facial na queixa da agência”.

“A missão da Rite Aid sempre foi e continuará sendo servir às comunidades onde atuamos de forma segura e conveniente”, disse a empresa.

No total, a Rite Aid coletou dezenas de milhares de imagens de indivíduos, muitas das quais eram de baixa qualidade, disse a queixa, observando que a atividade ocorreu entre 2012 e 2020.

Os erros cometidos pela tecnologia da empresa incluíram correspondências falsas com uma imagem coletada a milhares de quilômetros de distância, bem como um resultado positivo incorreto sinalizado em dezenas de lojas em todo o país, acrescentou a queixa.

A Rite Aid violou os termos de um acordo de 2010 feito com a FTC após uma constatação de que a empresa havia falhado em proteger informações financeiras e médicas sensíveis, disse a agência.

A FTC emitiu um aviso no início deste ano de que estaria monitorando de perto questões relacionadas à coleta de dados vinculados às características físicas das pessoas, disse a agência.

Além de cumprir a proibição de cinco anos, a Rite Aid disse que vai impor condições para o uso futuro de seus sistemas de segurança.

Essas medidas incluem apagar fotos anteriormente coletadas por seu software de reconhecimento facial, informar aos clientes quando suas características físicas forem inseridas em um banco de dados da loja e fornecer aviso aos clientes sobre o uso da tecnologia em determinado local.

Loja da Rite Aid, drogaria americana que teve proibido o uso de sistemas de reconhecimento facial

Escrito por Max Zahn para ABC News

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