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Economia

Rendimento domiciliar atinge maior nível da série histórica

No ano passado, a renda per capta média foi de R$ 1.848, maior nível desde 2012, quando começou a ser registrado

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moedas de real, crescimento do PIB

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE divulgada anualmente, 2023 atingiu o maior nível de rendimento domiciliar per capta desde 2012, início da série histórica. O valor registrado no ano passado para a renda mensal domiciliar por pessoa foi de R$ 1848, o que representa um aumento de 11,5% em relação a 2022. Além disso, esse número supera o patamar pré-pandemia, quando, em 2019, havia sido registrado R$ 1744, recorde anterior.

A pesquisa também revela que, entre as 215,6 milhões de pessoas que viviam no Brasil em 2023, 140 milhões delas tinham algum tipo de rendimento, o que representa 64,9% da população, outro recorde. Como rendimento, o IBGE considerou todas as formas de renda: trabalho, pensão, aluguel, aposentadoria, Bolsa Família, etc.

Em relação às pessoas que tinham rendimento domiciliar proveniente do trabalho, em 2023 eram 99,2 milhões de brasileiros, ou 46% da população. Do outro lado, 56 milhões das pessoas tinham rendimentos vindos de outras fontes de renda (26%).

No trabalho, o rendimento também aumentou: o salário médio mensal de quem trabalhava em 2023 foi de R$ 2979, o que é 7,2% a mais que em 2022 (2780). Esse valor, porém, já esteve mais alto em 2020, quando era de R$ 3028.

Rendimento domiciliar dos mais ricos e mais pobres

Outro dado revelado pela pesquisa do IBGE mostra que 10% dos mais ricos no Brasil ganha 14,4% a mais que os 40% mais pobres. A renda média mensal por pessoa da parcela mais rica foi de R$ 7580, enquanto, dos mais pobres foi de R$ 527. Em comparação ao ano anterior (2022), a disparidade dos dois grupos permaneceu a mesma em 2023.

Apesar de grande a desigualdade, essa foi a menor diferença já registrada, em 2022 e 2023, entre mais ricos e mais pobres no Brasil desde o início da série histórica. O índice de Gini, que mede a concentração da distribuição de renda em uma população, ficou em 0,518 nos últimos dois anos. Para que não haja desigualdade, o índice deve ser zero.

“No último ano, houve aumento importante da população ocupada, ou seja, muita gente que estava fora do mercado de trabalho, sem renda do trabalho, foi reinserida. No entanto, o rendimento do trabalho cresceu a uma taxa mais elevada na classe dos 10% da população ocupada de maior renda. Por outro lado, também houve um crescimento considerável dos rendimentos de outras fontes, sobretudo da rubrica outros rendimentos, que inclui os programas sociais. Isso beneficiou fortemente a população de menor renda. Então houve esse efeito dos dois lados”, disse Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa (Via IBGE).