Economia

Setor de serviços cresce 0,4% em novembro, diz IBGE

Resultado positivo acontece após três meses seguidos em queda; setor está 10,8% acima do pré-pandemia

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Trabalhador branco com camiseta de mangas cinza, jardineira e luva se apoia em parede, exasperado por saúde mental no trabalho ruim; setor de serviços

Em novembro de 2023, o volume de serviços prestados no país apresentou uma variação positiva de 0,4%, quebrando uma sequência de três meses de desempenho negativo, durante a qual o setor acumulou uma perda de 2,2%. 

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), três das cinco atividades analisadas registraram avanço nesse mês: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1%), e serviços prestados às famílias (2,2%). Até novembro, o setor de serviços registrou um aumento de 2,7% no acumulado do ano, enquanto a comparação com novembro de 2022 mostrou uma variação de -0,3%.

Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio de Janeiro nesta terça-feira (16), revelam que o setor de serviços está agora 10,8% acima do patamar pré-pandemia, conforme destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O segmento de outros serviços, que teve um crescimento de 3,6% em novembro, foi impulsionado pelos serviços financeiros auxiliares, especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito. Esta atividade não apenas impactou positivamente os resultados de outros serviços, mas também contribuiu para posicionar o setor de serviços como um todo no campo positivo.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares, com um aumento de 1%, contribuíram significativamente para a variação positiva de 0,4% do setor. Destaques desse segmento incluem atividades jurídicas e empresas de cartões de desconto e programas de fidelidade.

Os serviços prestados às famílias, com um avanço de 2,2% em novembro, conseguiram recuperar a perda registrada em outubro (-1,8%). O destaque desse mês foi o aumento em alojamento e alimentação, além do crescimento na atividade de espetáculos teatrais e musicais, impulsionado pelos shows da cantora Taylor Swift no país.

No entanto, as duas atividades de maior peso no setor de serviços apresentaram variações negativas. O volume dos transportes recuou 1%, acumulando a quarta taxa negativa consecutiva e uma retração de 5,3% no período. O transporte aéreo teve um impacto significativo, com uma queda de 16,1% em novembro, a retração mais intensa desde maio de 2022, influenciada pelos preços das passagens que subiram 19,12% no mesmo mês.

Os serviços de informação e comunicação, representando cerca de 23% do total do setor, variaram -0,1%, após um avanço de 0,2% no mês anterior. O segmento de telecomunicações, com uma queda de 3,2% em novembro, impediu um crescimento mais acentuado do setor de serviços como um todo. Por outro lado, os serviços de tecnologia da informação (TI) cresceram 1,3% no mesmo período.

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Imagem: Envato

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