Connect with us

E-commerce

Submarino e Shoptime são extintos pela Americanas, que terá apenas uma plataforma de e-commerce

Em crise, empresa irá integrar lojas online ao marketplace da Americanas

Published

on

Fachada das lojas Americanas; Sumarino e Shoptime

A Americanas anunciou o encerramento das lojas online Submarino e Shoptime, que serão integradas à própria Americanas. As duas marcas, com décadas de história, faziam parte do grupo desde meados dos anos 2000. A companhia entrou em recuperação judicial em 2023, após a revelação de um rombo bilionário nos balanços financeiros, caso atualmente investigado pela Polícia Federal.

Clientes de Submarino e Shoptime começaram a receber e-mails sobre a mudança na terça-feira (2). A Americanas disponibilizou páginas dedicadas às migrações das lojas, contendo respostas a possíveis dúvidas sobre pedidos, garantias e vale-compras.

Em comunicado ao jornal O Globo, a Americanas informou que o objetivo da mudança é buscar uma “operação mais ágil, rentável e eficiente”, com o objetivo de “fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas”. Segundo a publicação, equipes da empresa estão trabalhando no desligamento de Shoptime e Submarino desde maio, incluindo a transferência de conteúdos.

O Submarino, uma das primeiras empresas de e-commerce do Brasil, foi fundado em 1999 e adquirido pelo grupo Americanas em 2006. O Shoptime, conhecido pela venda de produtos pela televisão, fazia parte do conglomerado desde 2005 e teve seu canal de TV extinto em 2023.

Ex-diretores da Americanas são investigados por operação da PF

Na última quinta-feira (27), a Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou a Operação Disclosure, visando ex-executivos da Americanas, incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez, suspeitos de fraudes contábeis e outras irregularidades.

Conforme comunicado da Polícia Federal, aproximadamente 80 agentes foram mobilizados para cumprir dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nas residências de ex-diretores da Americanas no Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal informou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prestou apoio técnico durante o processo investigativo.

Por determinação da Justiça Federal, houve o bloqueio de bens e valores dos ex-diretores, totalizando mais de R$ 500 milhões. Os mandados judiciais foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

As investigações da operação revelaram que os ex-diretores da Americanas estariam envolvidos em fraudes contábeis, incluindo operações de risco sacado, prática que permitiu à empresa antecipar pagamentos a fornecedores por meio de empréstimos bancários, mascarando a real situação financeira da companhia.

Fachada das lojas Americanas; Sumarino e Shoptime

Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil