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Sustentabilidade que dá lucro: Franchising aposta em negócios de impacto e alta rentabilidade

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Direto do segundo dia do Franchising Summit Brasil 2025, o primeiro painel do dia mostrou que a sustentabilidade funciona como motor de negócios rentáveis, socialmente responsáveis e tecnicamente viáveis. Com a participação de Daniel Domeneghetti (DOM Strategy Partners), Eloisa Crivellaro (Coordenadora da Comissão ESG da ABF e CNA+) e Rodrigo Abreu (Diretor de Marketing e Comunicação da ABF e AlphaGraphics), o painel destacou que a sustentabilidade não é mais uma escolha opcional ou uma ação de marketing pontual. “Ela faz parte da história da ABF há mais de 20 anos”, reforçou Eloisa.

A conversa deixou claro que práticas ESG (ambiental, social e governança) geram valor real para as redes de franquias. Marcas que incorporam essas ações em seu DNA têm conquistado melhor percepção junto ao consumidor final, fortalecimento de marca, maior facilidade de acesso ao crédito e retorno financeiro acima da média.

Segundo a ABF, nos últimos anos foram recebidos mais de 100 projetos de sustentabilidade vindos de redes de todos os portes e segmentos. “Falar de ESG não é algo exclusivo das grandes redes. Hoje, qualquer empresa pode e deve se engajar”, destacou Rodrigo Abreu.

Destaques de boas práticas no franchising brasileiro

Eixo social:

  • O Boticário: Workshops de maquiagem inclusiva para mulheres com deficiência visual, com um modelo de ensino entre pares;

  • Casa do Construtor: Projeto “Construtores do Bem”, com mais de R$ 1,5 milhão arrecadados por franqueados para ações sociais locais, beneficiando mais de 20 mil pessoas;

  • Bibi Calçados: Desenvolvimento de um tênis inclusivo para crianças de 0 a 9 anos com ou sem órtese, fruto de três anos de pesquisa.

Eixo ambiental:

  • O Boticário: Programa “Energia do Amanhã”, que implementa energia renovável nas franquias, gerando economia de até 20% na conta de luz e redução de emissões de carbono, em parceria com fornecedores de geração distribuída;

  • 5àSec: Introdução de embalagens reutilizáveis, compostáveis e retornáveis em TNT, com o adicional de campanhas de plantio de árvores;

  • Portobello Shop: Projeto-piloto voltado à sustentabilidade desde a matéria-prima até o varejo, alinhado aos parâmetros ESG e certificações como o LEED Retail.

Eixo governança:

  • Farma & Farma: Projeto “Performance com Propósito”, que fortalece a governança da rede por meio de processos estruturados, colaborativos e transparentes;

  • Oakberry: Programa de certificação e monitoramento de fornecedores, garantindo rastreabilidade e redução de riscos sociais, ambientais e de biodiversidade.

Eixo econômico:

  • Lez a Lez: Programa de previdência complementar “LunelliPrev”, que estimula colaboradores a criar uma reserva financeira de longo prazo;

  • Peça Rara Brechó: Iniciativa que arrecada peças não vendidas para bazares beneficentes, promovendo economia circular e apoiando projetos sociais.

A sustentabilidade não é uma ação pontual nem um modismo passageiro. Trata-se de uma estratégia sólida para gerar valor consistente ao longo do tempo – para consumidores, franqueados, acionistas e todo o ecossistema de negócios. “Não é modismo, é uma jornada de longo prazo. Projetos ESG bem estruturados não apenas contribuem com o meio ambiente e a sociedade, mas também aumentam a rentabilidade e fortalecem a perenidade das redes de franquias”, destacou Daniel Domeneghetti, da DOM Strategy Partners.

No franchising, sustentabilidade e lucro não são forças opostas. São aliados estratégicos na construção de marcas mais fortes, relevantes e preparadas para o futuro.

Imagens e informações: (*) Patricia Cotti – Ganhadora do Digital Transformation Awards, Sócia Diretora da Goakira, Diretora de Pesquisa do IBEVAR, Colunista Central do Varejo, Professora dos MBAs da FIA, ESPM, ESECOM, USP.

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