Comportamento

Vendas de brinquedos crescem nos EUA no 1º trimestre

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As vendas de brinquedos nos EUA entre janeiro e abril cresceram 6% em relação ao mesmo período do ano passado, e o número de unidades vendidas também aumentou 3%, de acordo com um relatório da Circana divulgado nesta terça-feira (10).

No primeiro trimestre, as vendas de brinquedos para consumidores com 18 anos ou mais subiram 12% em comparação com o ano anterior. Os adultos gastaram US$ 1,8 bilhão em brinquedos no período, tornando-se o grupo que mais investiu no segmento, segundo análise da Circana com base em dados de checkout.

Brinquedos de preço mais alto (US$ 20 a US$ 69,99) e aqueles abaixo de US$ 15 tiveram crescimento nas vendas, enquanto os de faixa intermediária enfrentaram pressão, destacou o relatório.

Entre todos os setores monitorados pela Circana, a categoria de brinquedos foi a que mais cresceu no início de 2025, impulsionada em parte por cartões colecionáveis de esportes e Pokémon.

O crescimento nas faixas de preço alta e baixa sugere que os consumidores estão “ou investindo mais ou economizando”, escreveu Juli Lennett, vice-presidente e consultora do setor de brinquedos da Circana.

“A boa notícia é que os consumidores estão sinalizando que gastarão com o que precisam e com o que os faz felizes”, disse Lennett em comunicado. “Para a indústria de brinquedos, isso pode significar compras para si mesmos ou como presentes especiais para entes queridos. O tipo de brinquedo, a quantidade e o local de compra, no entanto, podem variar ao longo de 2025.”

Adultos como força motriz

Os consumidores adultos têm sido um dos principais impulsionadores das vendas recentes. Um relatório da Circana do ano passado mostrou que o mercado de brinquedos nos EUA se estabilizou no primeiro semestre de 2024, após inflação, redução de poupanças e dívidas no cartão de crédito terem causado queda em 2023. Outro estudo revelou que adultos compraram mais brinquedos do que pais de crianças em idade pré-escolar, com quase metade (43%) adquirindo produtos para si mesmos — seja por socialização, colecionismo ou entretenimento.

Tarifas e desafios

Apesar da recuperação, tarifas sobre importações pressionam o setor. Como o presidente Donald Trump concentrou taxações em produtos chineses, a indústria de brinquedos é especialmente afetada, já que quase 80% dos brinquedos importados pelos EUA vêm da China.

Brinquedos geralmente têm preços baixos (mais de dois terços custam menos de US$ 25), o que historicamente protegeu o setor em crises econômicas, observou Arpine Kocharyan, analista da UBS. No entanto, as tarifas podem levar empresas a repassar custos aos consumidores.

“A indústria de brinquedos mostra resiliência em tempos turbulentos, mas precisará se adaptar a um varejo com consumidores polarizados e preocupações inflacionárias persistentes”, afirmou Lennett.

Imagem: Divulgação
Informações: Tatiana Walk-Morris para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo

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