Economia

Vendas no varejo crescem 4,7% em 2024, maior alta desde 2012

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Supermercados; grocery hopping; vendas varejo

As vendas no varejo cresceram 4,7% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada na quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o oitavo ano consecutivo de expansão e a maior alta desde 2012, quando houve aumento de 8,4%.

O resultado anual foi consolidado mesmo com a variação negativa de 0,1% em dezembro em relação a novembro. O IBGE considerou esse movimento como estabilidade. Na comparação com dezembro de 2023, o comércio registrou crescimento de 2%.

A média móvel trimestral do setor, que reflete o comportamento dos últimos três meses do ano, também ficou estável. O IBGE informou que, com o resultado de dezembro, o comércio ficou 0,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em outubro de 2024.

Fatores que impulsionaram o crescimento

O IBGE atribui o desempenho das vendas no varejo à expansão da massa de rendimento dos trabalhadores, ao aumento do número de pessoas ocupadas e à estabilidade do crédito. A taxa de desemprego em 2024 foi de 6,6%, a menor da série histórica do instituto.

Entre os fatores que limitaram um crescimento maior das vendas estão a inflação e a alta do dólar. Em 2024, a inflação encerrou o ano em 4,83%, acima da meta do governo, de 4,5%. O dólar teve alta de 27% no período. O impacto foi mais significativo em produtos de informática e comunicação.

Desempenho por setor

Das 11 atividades pesquisadas, oito registraram crescimento em 2024. O maior avanço foi no segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 14,2%. Esse grupo acumula oito anos seguidos de crescimento. Outros subsetores desse segmento, como produtos farmacêuticos e perfumaria e cosméticos, também tiveram desempenho positivo.

Os demais segmentos que cresceram foram:

– Veículos e motos, partes e peças: 11,7%

– Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 7,1%

– Material de construção: 4,7%

– Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 4,6%

– Móveis e eletrodomésticos: 4,2%

– Tecidos, vestuário e calçados: 2,8%

– Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 0,7%

Por outro lado, três setores registraram queda nas vendas:

– Combustíveis e lubrificantes: -1,5%

– Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: -7,1%

– Livros, jornais, revistas e papelaria: -7,7%

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria tem apresentado quedas nos últimos anos, com exceção de 2022. Segundo o IBGE, o declínio está relacionado à digitalização de parte dos produtos desse mercado, sendo sustentado principalmente pelas vendas de livros didáticos.

A pesquisa do IBGE analisou dados de 6.770 empresas do setor de comércio, com pelo menos 20 funcionários, abrangendo todos os estados e o Distrito Federal.

Com informações de Agência Brasil
Imagem: Envato

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