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Loja do Cruzeiro: clube remodela lojas físicas com franchising

Com apoio da Goakira, clube reestruturou sua loja oficial

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imagem de unidade de franquia da Loja do Cruzeiro

Desde que o Cruzeiro se transformou em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), com a entrada do empresário e ex-jogador Ronaldo Fenômeno no ambiente do clube, o clube começou a se reposicionar não só dentro de campo, mas também no mundo dos negócios, integrando governança corporativa e uma mentalidade empresarial. Essa reestruturação financeira e administrativa, liderada por Ronaldo e sua empresa Tara Sports, impulsionou diversas iniciativas. Entre elas, uma das que mais se destaca é a expansão da Loja do Cruzeiro por meio de um modelo de franquias.

Em dezembro de 2021, Ronaldo adquiriu 90% das ações da SAF do Cruzeiro, iniciando um grande processo de reestruturação. Entre as várias oportunidades de negócios identificadas, as lojas físicas do clube se destacaram. Até então, essas lojas operavam de maneira fragmentada e ineficiente. A solução veio com a contratação da consultoria Alvarez & Marsal, que, junto à Goakira, reformulou completamente o conceito da Loja do Cruzeiro, adotando o franchising.

José Fugice, fundador da Goakira, explica que o clube operava anteriormente com um modelo de licenciamento de marca, que não explorava todo o potencial das lojas físicas. “Entendemos que o modelo de franquia funcionaria melhor”, afirmou. 

A Goakira foi responsável por desenvolver o plano de negócios, manualização, processos de loja, definição de mix de produtos e a arquitetura das lojas. Com um novo design e suporte para a montagem e gestão dos pontos de venda (PDV), as lojas passaram a ser um ponto de conexão entre o clube e seus torcedores.

imagem de unidade de franquia da Loja do Cruzeiro

Luciano Dacasa, um dos franqueados, defende a transformação que o novo modelo trouxe. “Antes, a gestão das lojas era muito amadora. Hoje, temos processos, metas, foco e suporte para crescermos”, comenta. Desde que adotou o novo modelo, Luciano expandiu suas operações de uma única loja no Shopping Estação em Belo Horizonte para cinco pontos de venda. “Só conseguimos crescer rápido porque temos o suporte da Goakira, que se adapta à nossa realidade e nos ajuda a fazer acontecer”, afirmou.

Renato Kobbi, diretor comercial da SAF do Cruzeiro, detalhou em uma entrevista para a Central do Varejo em março que o modelo de franquias da Loja do Cruzeiro se alinha à estratégia global de negócios do clube, permitindo um controle maior e uma integração mais eficiente entre as lojas e o Cabuloso. “Desde que iniciamos o novo modelo, estamos tendo um alinhamento muito maior entre as lojas e o clube vem fazendo iniciativas como presença de ídolos nas lojas e promoções centralizadas”, explicou.

A reestruturação já demonstra resultados promissores. Em 2024, o crescimento do faturamento foi de 63% em relação ao ano anterior, e em dezembro de 2023, o clube bateu o recorde histórico de vendas. O plano é ambicioso: mapear oportunidades para 35 pontos de venda em Minas Gerais, com a meta de abrir 25 a 30 novas unidades nos próximos 18 meses. Além disso, a reestruturação do e-commerce e a criação de uma flagship store estão nos planos para fortalecer ainda mais a presença do Cruzeiro no varejo.

Entre os desafios do modelo de franquias, está a coordenação de toda a rede e o engajamento dos franqueados. “Entender que juntos somos mais fortes e nos comunicamos melhor com o torcedor do que de maneira independente”, ressalta Kobbi. Por outro lado, as oportunidades são inúmeras, incluindo ativações em loja com ativos únicos do clube e promoções especiais para o torcedor celeste.

Imagem: GDesign

O Cruzeiro também continua focado em fortalecer suas parcerias comerciais e atrair novos patrocinadores e investidores, sempre com uma postura ética e idônea. “Mostrar que quem está dentro da rede de fornecedor e lojista passou por uma qualificação exigente para poder usar um nome tão sagrado quanto o do Cruzeiro é fundamental”, conclui Kobbi.

Para os interessados em investir na franquia da Loja do Cruzeiro, há diversas opções de acordo com o local e o tipo de unidade. Em cidades com mais de 350 mil habitantes, uma unidade de shopping exige um investimento total de R$ 419 mil para um espaço de 70m², com um faturamento médio mensal de R$ 140 mil, um lucro médio de 11% e um payback estimado em 35 meses. Para cidades menores, com menos de 350 mil habitantes, o investimento inicial é de R$ 373 mil para uma unidade de 50m², faturando em média R$ 130 mil por mês, com um lucro médio de 10% e payback de 36 meses.

As unidades de rua em cidades maiores demandam um investimento de R$ 521 mil para uma área de 100m², com faturamento médio de R$ 110 mil e um lucro médio de 16%. O payback é ligeiramente menor, de 33 meses. Já em cidades menores, o investimento é de R$ 515 mil, mantendo o mesmo tamanho de 100m² e um faturamento médio de R$ 100 mil, também com um lucro médio de 16%, mas com um prazo de retorno do investimento estimado em 37 meses.

Saiba mais sobre a Loja do Cruzeiro aqui:

 

Imagens: GDesign

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