Economia
Vendas na Páscoa devem crescer 4,5%, segundo CNC
Expectativa de faturamento total ultrapassa os R$ 3,4 bi
O comércio brasileiro se prepara para a Páscoa de 2024 com projeções otimistas divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com os dados revelados nesta quarta-feira (13), espera-se um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas à data festiva, representando um crescimento de 4,5% em relação ao ano anterior, quando ajustado pela inflação.
A Páscoa, que figura como a sexta data comemorativa mais relevante para o comércio, tem testemunhado um crescimento constante nas vendas nos últimos anos — exceto em 2020, quando a pandemia de COVID-19 impactou severamente a economia global.
Quatro estados brasileiros são responsáveis por mais da metade do faturamento esperado, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. São Paulo lidera as projeções com um faturamento estimado em R$ 948,08 milhões. Em termos de evolução anual do faturamento, Santa Catarina e Minas Gerais se destacam, com crescimentos de 7,4% e 7,2%, respectivamente.
Uma análise mais detalhada revela uma grande alta nas importações de itens típicos da Páscoa. As compras externas de chocolate devem aumentar em 21,4% em relação ao ano anterior, atingindo 3,35 mil toneladas. Já o bacalhau registra um crescimento ainda mais expressivo, com uma importação esperada de 7,12 mil toneladas, representando um aumento de 61,9%, a maior desde 1997.
Entretanto, os consumidores devem se preparar para uma “inflação da Páscoa”, com os preços dos produtos e serviços típicos subindo em média 5,2% este ano, ultrapassando a inflação oficial acumulada no país nos últimos 12 meses, que é de 4,5%.
A lista de itens inclui uma variedade de produtos, desde chocolate e pescado até azeite de oliva e vinho. Surpreendentemente, o único item que deve registrar uma queda de preço é o bacalhau, com uma redução de 3,2%.
Por outro lado, o aumento mais expressivo de preço é observado no azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em comparação com o ano passado.
A valorização do real frente ao dólar é apontada como um fator que ajudou a aliviar os preços dos produtos importados, com a taxa de câmbio atualmente próxima dos R$ 5, em contraste com os R$ 5,20 registrados no período prévio às vendas da Páscoa de 2023, representando um recuo de quase 4,3%.
Imagem: Agência Brasil