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Líder da Adsmovil destaca importância de “dados acionáveis”

Leila Guimarães fala sobre desafios na gestão de dados e inteligência de mercado

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O uso da inteligência de mercado tem se tornado uma ferramenta essencial para empresas em todo o Brasil, especialmente para todos os canais de vendas do varejo. Com a crescente digitalização e a proliferação de dados disponíveis, marcas vêm buscando maneiras de aproveitar essas informações para impulsionar suas estratégias de marketing e vendas. 

Em entrevista concedida à organização do Retail Media Show, evento que será realizado em São Paulo nos dias 23 e 24 de abril, Leila Guimarães, Managing Director da Adsmovil Brasil e Membro do Conselho da MMA Brazil, compartilhou insights reveladores sobre as tendências em gestão de dados e inteligência de mercado, destacando as estratégias mais eficazes para potencializar o Retail Media no Brasil.

À frente da empresa líder em soluções de publicidade móvel na América Latina, a executiva destacou a crescente preocupação das marcas com a segurança e privacidade dos dados, ressaltando a necessidade de parcerias com empresas que garantam a proteção dessas informações. Além disso, ela enfatizou a importância de soluções que permitam segmentações inteligentes e relevantes, especialmente com o declínio dos identificadores tradicionais.

“Muitos varejistas têm algum sistema para gerenciar dados, mas carecem de uma solução que realmente dê conta de todo o processo. Isso gera um emaranhado de informações que precisam de uma ferramenta tecnológica robusta e moderna para realizar todo o perfilamento necessário para a ativação. Porque não basta separar (clusterizar) em grupos de pessoas que gostam de um determinado produto ou têm um determinado comportamento se eu não consigo, no momento seguinte, ativar isso através de outro sistema para ativar mídia em cima desse comportamento. Então, não basta ter os dados, os dados precisam ser acionáveis”, refletiu Leila.

Para ela, a análise preditiva e o uso de algoritmos são fundamentais para estratégias eficazes de Retail Media, além do uso de insights na previsão de tendências de consumo e comportamento do cliente. Segundo a especialista, o Retail Media veio justamente para transformar dados em ação.

“Novas campanhas, novos impactos que sejam feitos através de um sistema para um determinado anunciante e que eu consiga mostrar o resultado disso. Então, eu tenho que ter a informação, tenho que ter um sistema que seja capaz de acionar essa informação numa campanha de mídia e tenho que ter nesse mesmo sistema um módulo de reports que possa gerar insights para novas campanhas, conclusões de quanto vendeu, de quanto não vendeu, de quanto gerou de ROAS, porque vender é um passo lá na frente”, observou.

Leila também ressaltou o valor dos marketplaces na criação e mensuração de campanhas, aproveitando o acesso aos dados precisos de compra dos consumidores. No entanto, ela também destacou os desafios enfrentados pelos varejistas com presença física na integração de dados online e offline, mostrando a necessidade de soluções que possam abordar essa lacuna.

“Criação de campanhas demandam esforço enorme para clusterização de clientes, entendimento do perfil da jornada e missão de compra. O desafio é justamente transformar essa informação em ação, e que lá na frente esse varejista consiga mostrar o ROAS gerado para a marca que investiu ali no aplicativo ou na loja física dele. E para isso, não há outra solução, senão tecnológica. É preciso ter soluções de tecnologia para Retail Media adequadas. É crucial que os varejistas busquem soluções escaláveis e eficientes para atender às necessidades específicas de cada marca regional”.

Ao discutir os desafios na gestão de dados, Leila destacou a complexidade tecnológica e a necessidade de soluções que não apenas forneçam insights, mas também permitem que as empresas ajam de forma eficaz com base nessas análises. “As ferramentas tecnológicas devem ser robustas o suficiente para permitir uma análise precisa dos dados, mas também flexíveis o suficiente para permitir que as empresas tomem decisões ágeis e adaptáveis em resposta às mudanças no mercado”, explicou.

Essa abordagem de tornar os dados acionáveis reflete uma mudança fundamental na forma como as empresas encaram a inteligência de mercado. “Não se trata apenas de coletar informações, mas de transformar essas informações em oportunidades tangíveis de negócios”, ressaltou Leila. Ao adotar essa mentalidade, as empresas podem maximizar o valor de seus dados e ganhar uma vantagem competitiva significativa em um mercado cada vez mais orientado por dados.

Leila concluiu reiterando a importância da conformidade com regulamentações de privacidade de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). “O que eu estou vendo são as marcas muito preocupadas com a parte de privacidade de dados, em trabalhar com empresas que tenham uma segurança em relação às informações, tanto dos dados dela, quanto dos dados do próprio varejista. As parcerias com plataformas confiáveis são essenciais para garantir a segurança e privacidade dos dados dos clientes”, afirmou. 

O Retail Media Show é realizado pelo Clube do Varejo com apoio institucional da NielsenIQ, Associação POPAI Brasil, Instituto Nacional do Varejo (INV),  Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), Associação Brasileira de Out of Home (ABOOH),  Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap) e, Associação Nacional de Marketing Promocional (AMPRO). 

A iniciativa tem patrocínio de grandes marcas que integram o ecossistema de Retail Media como: Kevel, Tenerity, Adsmovil, Cadastra, Árvore Digital, Move to Feel, Topsort, Unlimitail, Flywheel, LG Business Solutions, LiveRamp, Retail Media – DOOH, LED 10 – Painéis de LED e Criteo.

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Imagem: Envato

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