Economia
Mercado de luxo supera níveis pré-pandemia, aponta relatório
Experiências diferenciadas, sustentabilidade e inovação são alguns dos fatores determinantes para a recuperação desse mercado
Com a retomada do comércio físico e a normalização da demanda do mercado, o mercado de luxo se recuperou acima dos níveis pré-pandemia. Sustentabilidade e inovações, como metaverso, IA e experiências exclusivas, são elementos cruciais para atrair os consumidores de alta renda. De acordo com o relatório Luxury Trends, desenvolvido pela consultoria Labelium, as 10 maiores empresas do setor aumentaram sua participação nas vendas totais de bens de luxo em 4,8 pontos percentuais e contribuíram com 81,4% do crescimento ano a ano nas vendas.
O Grupo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton, Givenchy, Christian Dior e Sephora, reforçou sua posição como a empresa líder mundial, com vendas de bens pessoais de luxo aumentando mais de 55%, para quase US$ 55 bilhões. As inovações no mercado de luxo incluem o Digital ID, tecnologia blockchain e metaverso, permitindo serviços circulares, como revenda, e verificação e autenticação da origem de um item. Essas inovações atendem ao interesse do consumidor por sustentabilidade e autenticidade dos produtos e dos reguladores em greenwashing e due diligence da cadeia de suprimentos.
Os compradores de marcas de luxo são pessoas normais que entram e saem da categoria dependendo de vários fatores. Eles não se sentem ricos, têm dívidas altas, poucas economias e trabalham em tempo integral. No comércio eletrônico, a maioria dos visitantes de sites de luxo tem alta escolaridade e renda. As compras de luxo são feitas por prazer e pela satisfação de obter produtos exclusivos, raros e de qualidade. Esses consumidores se preocupam com o meio ambiente, questões sociais e políticas e exigem que as empresas se posicionem sobre sustentabilidade, raça e gênero.
O relatório compilou insights de empresas como Google, Deloitte, Bain & Co – Altagamma, e-Marketer, Ehrenberg-Bass Institute, Vogue Business, Accenture, GWI, Statista e informações proprietárias da biblioteca da Labelium.
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Imagem: Freepik