Livros para colorir viram febre no mercado editorial

Colorir está longe de ser uma prática restrita à infância. Cada vez mais popular entre jovens e adultos, os livros de colorir têm conquistado espaço como alternativa acessível e eficaz para quem busca momentos de relaxamento, estímulo à criatividade e reconexão com o presente.

A busca por esse tipo de livro tem movimentado o mercado editorial brasileiro. De acordo com a Lista de Mais Vendidos da PublishNews de 4 de abril, entre os 20 livros mais vendidos, 12 eram de colorir. Dados da Nielsen Bookscan para a Folha de S.Paulo também revelaram que, entre o final de dezembro de 2024 e o início de março deste ano, 150 mil cópias de livros de colorir foram vendidas no Brasil.

Entre os livros de colorir mais vendidos, a coleção Bobbie Goods, da editora HarperCollins, é a mais procurada. Entre o perfil dos consumidores, a maior parte é composta por jovens-adultos, ainda segundo dados do PublishNews, e os livros mais procurados são os da categoria “cozy”, ou seja, aconchegantes.

A atividade de colorir é conhecida por proporcionar benefícios emocionais e cognitivos. “Ao colorir, o cérebro desacelera, o foco aumenta e o corpo entra num estado de tranquilidade semelhante ao da meditação. É um recurso terapêutico que pode ser incluído na rotina com facilidade e sem grandes custos”, afirma Aline Arruda, responsável pela categoria de livros de colorir na lojasmel em São Paulo.

Além do aspecto relaxante, o hábito também tem valor educacional. Para as crianças, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, percepção visual e reconhecimento de cores e formas. Para os adultos, pode ser uma forma de expressão e até mesmo de autoconhecimento.

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