Economia

Vendas no varejo crescem em abril, aponta índice da Stone

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As vendas do comércio brasileiro registraram alta de 0,6% em abril na comparação com o mês anterior, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Em relação ao mesmo mês de 2024, o crescimento foi de 0,4%.

O IVS é um estudo mensal que acompanha o desempenho do varejo no país. De acordo com o levantamento, o comércio digital teve aumento de 5,3% em abril, enquanto o comércio físico subiu 0,3%. Na comparação anual, o comércio digital recuou 4,8%, enquanto o físico registrou alta de 1,3%.

Na análise por segmentos, sete dos oito setores avaliados apresentaram crescimento na comparação mensal. O maior avanço foi registrado em Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (7%), seguido por Material de Construção (2,1%), Tecidos, Vestuário e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos (1,3%), Artigos Farmacêuticos (0,8%), Combustíveis e Lubrificantes (0,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,2%). Apenas o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve retração, de 2,2%.

No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes liderou com crescimento de 5,8%. Em seguida aparecem Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (4,0%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (3,3%). Houve retração nos segmentos de Móveis e Eletrodomésticos (3,2%), Artigos Farmacêuticos (3,0%), Material de Construção (2,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,5%). O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria se manteve estável.

“Apesar da leve melhora observada na maioria dos setores em abril, as altas não foram suficientes para compensar as quedas registradas no mês anterior. Um exemplo é o setor de Vestuário, que avançou 1,3% em abril após ter recuado 3,3% em março — o que mostra que o nível de atividade segue abaixo do patamar médio. De forma geral, o varejo ainda opera em ritmo lento, sem sinal claro de recuperação sustentada”, afirmou Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

Calvelli também comentou o cenário econômico: “Em abril, continuamos observando sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, com aumento da taxa de desemprego e diminuição da geração de empregos formais. Ao mesmo tempo, as famílias seguem pressionadas pelo alto nível de endividamento e por uma inflação ainda elevada. Embora alguns indicadores mostrem certa estabilidade, o cenário geral ainda é de desaceleração da atividade econômica. Por isso, é prematuro falar em reversão dessa tendência — será preciso acompanhar os próximos meses para entender se há, de fato, uma mudança no ritmo da economia.”

No recorte regional, 19 estados apresentaram crescimento nas vendas na comparação com abril de 2023. Os destaques foram Acre (12,1%), Amapá (9,4%), Sergipe (8,6%), Roraima (6,5%) e Rio Grande do Sul (5,7%).

Entre os estados com retração no mesmo período, o Distrito Federal teve a maior queda, de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (4,4%), Rondônia (3,3%), Rio de Janeiro (2,7%) e Amazonas (2,1%).

Imagem: Envato

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