Economia
Preços do café, frango e legumes encarecem no Brasil
De acordo com a pesquisa “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, da Neogrid, o frango, o café e os legumes foram alguns dos alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro entre março e abril deste ano.
Segundo o novo levantamento, o frango teve uma média de alta de 1,2% em abril deste ano na comparação com o mês anterior. O resultado foi impulsionado pela região sul, onde o preço subiu 4,7% no mesmo período.
Outros alimentos aumentaram os preços no último mês. Os legumes apresentaram a maior variação de preço, com um salto de 11,9%, passando de R$ 5,56 para R$ 6,22, e só na região sul esse aumento foi de 15,7%. O café em pó e em grãos aumentou 6,1%, crescendo de R$ 67,39 para R$ 71,50. Outras categorias com altas significativas foram creme dental (4,9%), xampu (3,1%) e biscoito (2,5%).
Café e ovo lideram alta de preços em 2025
No acumulado do ano até abril, café e ovo lideram os aumentos de preços. O valor do café saltou 32,7% (de R$ 53,90 para R$ 71,50), enquanto o dos ovos aumentou 26,7% (de R$ 0,91 para R$ 1,15). Na sequência, aparecem xampu (4,4%), refrigerante (2,2%) e leite em pó (2,1%).
“A expectativa para os ovos é que haja uma certa estabilização ou quedas moderadas de preços a partir de maio. No entanto, ainda é esperado que os valores permaneçam em patamares mais altos do que em 2024 devido a custos de produção e possíveis pressões de exportação”, analisa Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid. “Já em relação ao café em pó, é possível que ocorra uma desaceleração no segundo semestre, mas o alívio só deve vir mesmo com a melhora da safra para 2026.”
Variações de preços em abril no sudeste
Na região sudeste, o café em pó e em grãos segue como destaque entre os produtos com maior aumento, com alta de 6,1% ante março. Também apresentaram elevação nos preços o xampu (3,1%), creme dental (4,9%), biscoito (2,5%) e legumes (11,9%). Em contrapartida, os maiores recuos foram observados no arroz (-5,3%), carne suína (-6,3%), ovos (-4,6%), molho de tomate (-2,0%) e carne bovina (-1,6%).
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