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Creators compartilham estratégias para transformar influência em negócios

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No painel “Creators que empreendem: por meio da influência que vende”, realizado nesta terça-feira (30) no D2C Summit, a influenciadora Viih Tube, fundadora da TurmaTube, e Marcela Carrasco, fundadora da EORA Eyewear, dividiram suas experiências sobre como transformar influência em marcas próprias. A conversa foi mediada por Alejandro Vázquez, presidente e cofundador da Nuvemshop.

Da influência ao empreendedorismo

Viih Tube destacou que seu maior desafio foi encontrar uma marca que fizesse sentido em sua trajetória. “Já tive marca de perfume, roupa, entre outras, mas não fazia sentido para mim, porque eu não amava aquele nicho. Depois que me tornei mãe, a TurmaTube passou a refletir meu propósito e meu amor. Foi aí que encontrei o encaixe perfeito entre vida pessoal e negócio”, afirmou.

Marcela Carrasco explicou que sua estratégia foi construir credibilidade de longo prazo antes de lançar a EORA. “Tenho mais de 700 vídeos publicados e nenhum viral. O que me sustentou foi a consistência e a credibilidade. Sempre pensei que, quando lançasse uma marca, meu público já estaria esperando algo de extrema qualidade”, disse. Ela ressaltou, porém, a importância de não confundir a imagem pessoal com a da empresa: “A EORA é muito mais da minha mente do que do meu rosto”.

Escalabilidade e comunidade

As duas empreendedoras enfatizaram a necessidade de construir marcas que não dependam exclusivamente da imagem do criador. Viih Tube afirmou que busca diversificar produtos e formatos — como desenhos animados, séries e shows — para atingir públicos diferentes e reduzir a dependência de sua figura. Já Carrasco destacou que, desde o início, evitou personificar a EORA: “Nunca quis que a marca fosse apenas sobre mim. Hoje já vendemos para mais de 15 países e minha imagem é apenas parte do arquétipo que inspira a marca”.

Na relação com a comunidade, Marcela relatou que utiliza estratégias como Close Friends, listas VIP e drops exclusivos, não apenas como canais de venda, mas como espaços de pertencimento e experiência. Segundo ela, cerca de 70% da receita da marca vem do trabalho nesse modelo. Viih Tube destacou que, em seu caso, a construção de proximidade se dá de forma mais orgânica, aproveitando a relação de longa data com seus seguidores.

Erros, aprendizados e conselhos

As criadoras também falaram sobre erros comuns de empreendedores digitais. Viih Tube contou que, no início, tentou centralizar todas as funções da empresa, o que acabou trazendo dificuldades. “A gente não consegue abraçar o mundo sozinha. É preciso terceirizar aquilo que não faz parte do seu foco principal, sempre com parceiros de confiança”, observou.

Marcela alertou para o risco de o ego se sobrepor ao produto: “Já vi marcas de influenciadoras com milhões de seguidores falirem por dependerem só da imagem. No fim, o que sustenta uma marca é a experiência do cliente e a qualidade do produto”.

Entre os conselhos para quem está começando, elas destacaram três pontos: organização do tempo, estudo de mercado e preparo emocional para lidar com críticas. Carrasco acrescentou ainda que é essencial entender a persona do cliente e criar conteúdos que solucionem suas dores. “Não é sobre empurrar a compra, mas sobre gerar identificação e valor antes de vender”, concluiu.

Imagens: Central do Varejo

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