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Como a Pizzaria A Esperança entrou para o Top 10 de vendas em aplicativos de delivery

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A Esperança

A Pizzaria A Esperança, conhecida na cidade de São Paulo há mais de 70 anos, conquistou um feito notável: superou a marca de 15.000 pizzas vendidas por mês via aplicativos e se posicionou entre as dez marcas mais vendidas na sua praça de atuação.

Este case revela como a combinação de logística afinada, cardápio ajustado à demanda e presença digital estratégica podem fazer a diferença. Para entender o mérito da trajetória da A Esperança, vale situar o cenário:

  • O mercado brasileiro de food-delivery online gerou uma receita estimada em US$ 6.715,7 milhões em 2024 e projeta alcançar US$ 11.695,4 milhões até 2030, com CAGR de 9,3% entre 2025-2030;
  • No setor de pizzas, o relatório da 6W Research aponta que o mercado brasileiro de pizza está em crescimento, impulsionado pelo delivery e convenience;
  • O mercado de foodservice geral no Brasil tem estimativa de atingir cerca de US$ 18,47 bilhões em 2025 e US$ 25,92 bilhões em 2030, com CAGR de ~7% no período.

Esses dados confirmam: o consumo de pizzas por delivery é uma frente de crescimento real — logo, tornar-se um dos principais players em vendas exige mais do que estar no app. Exige excelência operacional, diferenciação e escala, que é onde a Pizzaria A Esperança se destacou!

Leia também: Delivery representa 50% do faturamento de pizzarias

Estratégia de logística: base para escala

Para atingir 15 mil pizzas/mês e se posicionar no Top 10 de vendas em apps, a Pizzaria A Esperança precisou construir uma cadeia logística eficaz, sem gargalos:

Rede de preparo e envio rápida

  • Redução de tempo entre pedido e saída da pizza: pizza pronta em no máximo 15 minutos após o pedido;
  • Separação clara de fluxo entre pedidos de balcão, retirada e delivery: isso evita que entregas retardem demais por atendimento presencial.

Zoneamento geográfico e cobertura eficiente

  • A Pizzaria A Esperança segmentou sua área de entrega para garantir que a pizza chegasse quente e em bom estado, reduzindo devoluções e reclamações;
  • Monitoramento contínuo do desempenho por zona: unidades que tinham atrasos ou avaliação abaixo do app eram reorganizadas ou tinham cobertura reduzida para manter padrão.

Controle operacional e padronização

  • Uniformização de processos de preparo, embalagem e roteirização: embalagem térmica e selagem de caixa ajudaram a reduzir perdas e garantir consistência;
  • Uso de sistemas de gestão integrados;
  • Acompanhamento de KPIs: tempo médio de entrega, taxa de devolução, avaliação média do aplicativo, ticket médio, número de entregas por hora. Esses indicadores permitiram ajustes rápidos.

Graças a essa base logística sólida, A Esperança conseguiu suportar o volume elevado (15 mil unidades/mês equivalem a cerca de 500 pizzas/dia em média) sem que a experiência degrade, o que é fundamental para manter posição nos rankings dos aplicativos.

Cardápio e modelagem de oferta: o que vendeu

Logística suportou a escala. Mas para atingir o Top 10 em vendas, o cardápio precisa se adaptar aos hábitos de consumo, ao delivery e ao perfil do público-alvo. A Pizzaria A Esperança fez vários ajustes estratégicos:

  • Foco em formatos populares e “­delivery-friendly”
  • Menu otimizado para volume
  • Presença digital do cardápio e integração nos apps
  • Monitoramento de “sabores vencedores”

Presença digital e performance em aplicativos de delivery

Volume, logística e cardápio são fundamentais, mas o “acesso” via apps e a presença digital são o que permitem esse desempenho se traduzir em vendas reais. A Pizzaria A Esperança adotou estratégia multicanal para maximizar sua visibilidade e conversão.

  • Estratégia nos aplicativos de delivery
  • Marketing digital e redes sociais
  • Inteligência de dados e fidelização
  • Visibilidade nos rankings dos apps

Os aplicativos de entrega geralmente exibem “mais pedidos”, “popular na sua região”, “pedido rápido”, e esses selos aumentam ainda mais pedidos. Ao manter volume elevado, ranking alto e notas positivas, a Pizzaria A Esperança ficou visível para muitos mais potenciais clientes, alimentando um ciclo virtuoso: mais visibilidade → mais pedidos → melhor ranking → mais visibilidade.

Resultados e lições da A Esperança para o setor

As lições principais para redes ou operações independentes são:

  • Investir de verdade na logística antes de buscar volume: sem rápido tempo de entrega e boa cobertura, o consumidor de apps migra para outra marca.
  • Oferecer menu compatível com o delivery: sabores populares, combos, formatos que maximizem ticket e escalam bem.
  • Ser visível nos apps: presença forte, avaliação alta, promoções inteligentes. O crescimento do mercado de delivery no Brasil (e seu valor estimado em US$ 11,7 bi até 2030) demonstra que quem atua bem pode colher forte crescimento.
  • Usar dados para ajustar operação e marketing: volume é bom, mas volume com controle e qualidade é melhor — e isso reflete na permanência no Top 10.
  • Criar fidelização e recompra: não basta um pedido isolado, o volume constante exige que o cliente volte, e que o app “recomende” sua marca por meio de padrão de qualidade e preferências.

Quer saber mais? Assista ao episódio da Pizzaria A Esperança no Podcast Franquia Invest, apoiado pela Central do Varejo:

A Pizzaria A Esperança prova que não é apenas estar no aplicativo de entrega, mas operar bem no escuro atrás das câmeras: preparo, entrega, atendimento e visibilidade.

O crescimento expressivo do segmento cria janelas para que marcas bem estruturadas se destaquem, e a Pizzaria A Esperança agarrou essa janela, alcançando volumes que a colocam no Top 10 de vendas em apps. Para qualquer rede ou pizzaria que deseja expandir via delivery, a receita está menos em sorte e mais em estrutura, oferta, visibilidade e dados.

Imagem: Envato

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