Economia
Nestlé passa a ser nova dona da Kopenhagen
Empresas fecham acordo, e marca de chocolates brasileira passa a ser parte da gigante do mercado internacional
Nesta quarta-feira, fontes anunciaram a jornais que a Nestlé compra Kopenhagen. A transnacional suíça desembolsa cerca de R$ 3 bilhões pela empresa paulista.
A franquia de chocolates brasileira era controlada, desde 2020, por uma empresa americana, o Grupo CRM. O grupo também é dono da Chocolates Brasil Cacau, que também foi incluída na venda. As duas marcas vendidas somam, no país, mais de 800 lojas. A expectativa do grupo é terminar 2023 com mais de 1200 lojas, e a venda para a marca internacional deve impulsionar o crescimento.
Durante os anos em que pertenceu à Advent, a Nestlé quase dobrou seu lucro. Porém, agora o grupo decidiu sair do negócio, assim como, há pouco tempo, abriu mão de 85% dos seus investimentos no Carrefour. A CEO da Kopenhagen, Renata Vichi deve continuar na liderança do Grupo CRM mesmo após a venda da Kopenhagen.
A Nestlé havia comprado a Garoto, com sede em Vila Velha (ES) há três meses, depois de briga judicial há quase 20 anos. A justiça brasileira problematizava a compra, uma vez que a Nestlé deteria a maior parte do mercado de chocolates brasileiro, e, com isso, vai contra a lei antitruste (de criação de monopólios). Com a nova venda, a marca passa a ser dona de uma fatia ainda maior desse mercado no país. Porém, Nestlé e Garoto não representam mais a maior parte do setor de chocolates no Brasil, o que pode ter facilitado as transações.
A Nestlé resolveu aumentar seus investimentos no Brasil, em uma decisão de implementar fábricas de chocolates e biscoitos no vasto território do país. Garoto e Kopenhagen são resultados desse investimento, previsto em R$2,7 bilhões em até 2026, de acordo com o anunciado pela empresa multinacional.
Imagem: Envato