Economia

Dólar chega ao valor mais baixo desde setembro

Moeda americana cai após confirmação que inflação nos EUA ficaria abaixo das expectativas; bolsa tem melhor resultado em dois anos

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Notas de dólar enroladas em cima de uma superfície, para representar o preço do dólar; boletim focus

A queda da inflação nos Estados Unidos causou uma onda de otimismo nos mercados financeiros globais. O dólar despencou para menos de R$ 4,90, alcançando sua menor cotação em quase dois meses. A bolsa de valores disparou mais de 2%, alcançando seu nível mais alto desde agosto de 2021. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (14) sendo negociado a R$ 4,862, registrando uma forte queda de R$ 0,046 (-0,93%).

Inicialmente estável na abertura, a cotação rapidamente mergulhou após a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos teve um recuo em outubro, ficando abaixo das previsões. Essa foi a terceira queda consecutiva da moeda norte-americana, embora as duas sessões anteriores tenham mostrado quedas mais tímidas.

Essa cotação representa o valor mais baixo em praticamente dois meses, só não superando a marca de 18 de setembro, quando o dólar havia fechado em R$ 4,85. Ao longo de novembro, houve uma queda acumulada de 3,55%, e desde o início do ano, uma diminuição de 7,92%.

No mercado de ações, o dia foi marcado por fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, encerrou em 123.166 pontos, apresentando um aumento significativo de 2,29%. Alcançando o patamar mais alto desde 3 de agosto de 2021, esse resultado foi impulsionado pela expectativa de que o ciclo de aumentos das taxas de juros nos Estados Unidos está próximo do fim.

Nesta terça-feira, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou que a inflação ao consumidor na maior economia do mundo ficou estável no mês passado e em 3,2% nos últimos 12 meses até outubro. Em setembro, o índice havia subido 0,4%, acumulando um aumento de 3,7% em 12 meses.

A desaceleração dos preços reduz a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) para elevar as taxas de juros básicas nos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,5% ao ano. Taxas de juros mais baixas em economias avançadas estimulam o movimento de capitais para países emergentes, como o Brasil, exercendo pressão para a redução do dólar e valorização da bolsa.

Notas de dólar enroladas em cima de uma superfície, para representar o preço do dólar.

Imagem: Envato

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