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Afinal, por que os franqueadores e os franqueados se desentendem?

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pessoas de empresa discutindo finanças de empresa; fichas técnicas; franqueadores

Franqueadores e franqueados têm visões diferentes do negócio, em vários pontos. Porém, num fato, eles concordam: dificilmente, as partes se desentendem quando o franqueado está ganhando dinheiro.

Lucrar adequadamente significa muitas coisas, numa rede franqueada. Em primeiro lugar, o franqueado está operando bem. Isso significa que, no processo de seleção, houve uma escolha assertiva. Depois, o ponto deve ser bom e a loja (ou prestadora de serviços) provavelmente está com uma boa equipe, atendendo os clientes dentro do padrão exigido pela franqueadora – e, não raro, até acima desse padrão.

Além disso, os fornecedores entregam seus produtos de forma satisfatória e o franqueador, por sua vez, presta suporte condizente com as necessidades do franqueado. Com bom faturamento, o franqueado não tem motivos para ser inadimplente, nem com royalties, nem com o fundo de propaganda – e as partes vivem em paz.

Porém, quando a franquia não fatura bem, algo vai mal. Pode ser que o franqueado seja um mau operador ou o ponto, ruim. A crise econômica do país pode ter afetado o negócio ou existe falta de suporte e inovação. O fornecimento deve estar inadequado e a equipe, mal treinada. Com a baixa do faturamento, o franqueado torna-se inadimplente – e os conflitos se instalam.

Tem-se, portanto, uma série de fatores que podem levar a conflitos:

Inadimplência;

– Baixo faturamento da unidade franqueada;

– Falta de suporte;

– Não cumprimento dos padrões exigidos pela franqueadora;

– Quebra de cláusulas contratuais;

– Comercialização de produtos/serviços fora do mix;

– Contratação de fornecedores não homologados,

– Comportamento inadequado dos colaboradores e/ou do próprio franqueado, como o abandono da gestão da unidade franqueada.

Todos esses fatores merecem atenção e precisam ser resolvidos assim que surgem. A melhor maneira de solucioná-los é por meio do diálogo e do entendimento do que os causa, de maneira a tentar saná-los, para preservar-se a relação e dar continuidade ao negócio, com mais sucesso. Pode-se, inclusive, optar pela Mediação, em casos em que as partes não chegam a um consenso, por elas mesmas.

Imagem: Envato


*Melitha Novoa Prado é advogada especializada em estratégia para varejo e franchising, sócia-fundadora do NPMP – Novoa Prado Maciel Pinheiro Advogados, com 35 anos de atuação junto às maiores e mais renomadas franqueadoras brasileiras.

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