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Agentic AI é o próximo grande salto na revolução da IA, afirma NVIDIA no Web Summit Rio
Em uma palestra que misturou história, inovação e um olhar para o futuro, a NVIDIA apresentou no Web Summit Rio 2025 o conceito de Agentic AI, apontado como o próximo grande salto na evolução da inteligência artificial. A apresentação foi conduzida por Marcio Aguiar, Executive Director of Enterprise Sales for Latin America na NVIDIA, profissional com mais de 25 anos de experiência em vendas de TI e profundo conhecimento das plataformas da empresa.
Com o auditório lotado, Marcio iniciou sua fala com um vídeo impactante sobre o papel dos “tokens” – unidades fundamentais no processo de geração de inteligência – capazes de transformar dados brutos em previsões, curar doenças, proteger espécies e construir novos mundos digitais.
Da geração de dados à era da autonomia
Durante a palestra, Marcio fez uma retrospectiva da trajetória da computação moderna, lembrando que a NVIDIA entrou nesse universo em 1993 e lançou seu primeiro GPU em 1999. O verdadeiro ponto de virada para a inteligência artificial, no entanto, ocorreu em 2012, quando pesquisadores começaram a usar GPUs da NVIDIA para treinar sistemas capazes de reconhecer imagens.
A partir daí, o mundo avançou para a era da IA Perceptiva, baseada em reconhecimento de fala e visão computacional, e depois para a era da IA Generativa, popularizada por ferramentas como ChatGPT, desenvolvidas sobre milhares de GPUs.
Agora, a humanidade se encontra na borda de uma nova fronteira: a Agentic AI.
O que é Agentic AI?
Segundo a apresentação, Agentic AI é a capacidade de uma inteligência artificial agir de maneira autônoma, tomar decisões, planejar e executar tarefas complexas sem intervenção humana direta. Esse novo estágio, também chamado de “IA Física”, traz consigo robôs inteligentes que não apenas repetem tarefas, mas raciocinam, adaptam-se e trabalham em colaboração com humanos de forma eficiente.
A NVIDIA destacou que o futuro próximo verá essas tecnologias ganharem espaço não apenas em indústrias tradicionais, mas em todos os setores – do varejo à saúde, da manufatura ao agronegócio.
Três leis fundamentais para empresas que querem aderir à IA
Marcio alertou que a adoção da IA precisa de planejamento e mudança de mentalidade. Ele destacou três “leis” para as empresas que desejam embarcar nessa jornada:
1. Lei do Pré-Treinamento e Escala – É necessário adaptar os modelos de IA com dados próprios, e não apenas usar soluções prontas como o ChatGPT.
2. Lei do Custo de Treinamento – A evolução da IA exige investimentos crescentes em poder computacional e qualidade de dados.
3. Lei do Tempo de Testes e Adaptação – As empresas devem entender que o treinamento de IA é contínuo e requer ajustes frequentes.
Iniciativas no Brasil e o papel do Rio de Janeiro
Durante a palestra, foi celebrado o anúncio recente de um novo data center em construção no Rio de Janeiro, evidenciando o compromisso da cidade e do Brasil em se posicionar na vanguarda da revolução tecnológica.
NVIDIA Omniverse: criando mundos digitais para o mundo real
Ao final da apresentação, foi introduzido o NVIDIA Omniverse, uma plataforma que possibilita criar simulações hiper-realistas usando dados reais, facilitando testes e desenvolvimento de projetos em ambientes digitais antes da implementação no mundo físico.
Conclusão: o futuro já começou
A mensagem principal da NVIDIA no Web Summit foi clara: a revolução da IA não é mais um conceito futurista — ela está acontecendo agora. E quem se preparar desde já, construindo times especializados e adaptando suas estratégias, estará na dianteira de uma transformação que promete redefinir a relação entre tecnologia, negócios e sociedade.
Imagem: Elifas de Vargas
