Economia
Alckmin promete ação em prol do varejo nacional no e-commerce
Vice-presidente deu declaração logo após encontro de Lula com grandes empresários do varejo, que criticaram plataformas asiáticas
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enfatizou a necessidade de garantir uma concorrência justa no comércio eletrônico. Ele afirmou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal tomarão medidas para evitar que empresas estrangeiras se aproveitem de brechas para importar produtos sem pagar os impostos devidos, o que tem causado impacto negativo na indústria e no varejo do país.
Alckmin destacou que a importação sem pagamento de impostos chega a cerca de R$70 bilhões, representando quase 1% do PIB. Ele ressaltou que essa prática prejudica não apenas o comércio, mas também a indústria brasileira.
A manifestação de Alckmin ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunir no Palácio do Planalto com os principais empresários do setor varejista do país. Dentre os convidados estavam os presidentes de empresas como Magazine Luiza, McDonald’s, Renner, Boticário, Carrefour e Pão de Açúcar. Durante o encontro, segundo o jornal Valor, os representantes do setor expressaram suas preocupações em relação às plataformas internacionais de varejo, incluindo as empresas asiáticas Shein, Shopee e AliExpress, bem como a americana Wish.
A crítica feita por Alckmin recebeu o apoio do presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, que também representa a Saint-Gobain Distribuição Brasil. Ele participou da reunião com Lula e afirmou que o instituto está colaborando com o governo na elaboração de um “plano de conformidade” que visa garantir que as empresas estrangeiras atuem no Brasil, invistam e paguem seus impostos adequadamente. Gonçalves Filho ressaltou a importância de um ambiente de competição equânime e destacou que o plano é um passo importante para abordar essa questão.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil