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Comportamento

Baixa segurança psicológica inibe diversidade e inclusão nas empresas

Ambiente profissional seguro e acolhedor de minorias é essencial para que haja empatia, troca de ideias e inovação

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Mãos juntas de vários colaboradores com diversidade

A Lupa, startup de RH, divulgou a pesquisa ‘Saúde mental, diversidade e ambiente de trabalho’. Os resultados mostram que, na prática, a realidade das empresas que seguem políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (D&I) é pouco favorável a profissionais socialmente classificados como minorias (mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+). 

O levantamento revela que uma proporção de 4 em cada 5 colaboradores de grupos de diversidade se sentem desconfortáveis ou não pertencentes ao ambiente de trabalho (79%). Já os que foram vítimas, presenciaram situações de discriminação, preconceito e/ou assédio no ambiente de trabalho, correspondem a 80% dos entrevistados.

Ainda na pesquisa, 53% dos entrevistados responderam que trabalharam ou trabalham em empresas que possuem ações para a promoção da inclusão no dia a dia. Mas 62% admitiram que essas empresas não proporcionam um ambiente seguro e acolhedor para grupos de minoria.

Precursor da Diversidade

Ambientes psicologicamente seguros são precursores da diversidade e da equidade de gênero, observa a psicóloga organizacional Patrícia Ansarah, fundadora e CEO do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP).

“Para que esta diversidade no local de trabalho aconteça, é preciso que as pessoas sintam que têm permissão de serem seus verdadeiros ‘eus’. Elas precisam se sentir bem-vindas e livres para contribuir com suas próprias ideias e perspectivas únicas, porque não há diversidade e inovação, sem inclusão de perspectivas diferentes. E não há estratégia de D&I que se sustente, sem segurança psicológica”, argumenta.

Como já evidenciado por pesquisas e casos práticos, é da diversidade de pensamento e formações que nascem as ideias inovadoras, continua Patrícia. “Quando não há inclusão, diversidade e equidade de gênero, não há pontos de vista diferentes para que as conversas sejam levadas ao caminho da inovação. E sem inovação, não há crescimento.”

Ainda de acordo com Patrícia, os resultados da pesquisa da Lupa revelam que a diversidade já é uma realidade nas empresas. Mas ainda é preciso promover mudanças no topo da organização para garantir que haja mais inclusão e equidade de gênero. “Não basta ter indicadores e ações criativas se a estratégia de negócio não estiver construída em cima do modelo da segurança psicológica”, assinala.

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