Economia
Banco Central dos Estados Unidos prevê inflação alta
Cenário econômico internacional difícil pode prejudicar o Brasil, especialmente as pequenas empresas
Na sua última reunião o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, previu juros altos para o próximo ano. A estimativa é de que a taxa de juros americana fique acima de 5% durante todo o ano de 2024 – atualmente, ela está entre 5,25% e 5,5%. As ações caíram mediante a taxa de juros alta, o que preocupa Wall Street.
Além disso, nos Estados Unidos, as taxas hipotecárias estão subindo até o marco de 8%; na semana passada, elas atingiram seu pico máximo desde os anos 2000. O dólar, hoje, fechou em quase R$ 5,17, chegando no maior valor desde março, enquanto a bolsa de valores caiu 0,28% e atingiu o nível mais baixo em quatro meses. A China também está imersa em uma crise econômica no mercado imobiliário, impactando todo o globo.
Outro tópico que tem abalado o cenário econômico mundial é o aumento do preço do petróleo. Essa semana, Rússia e Arábia Saudita lideraram um corte na produção de petróleo, o que fez com que o preço do barril chegasse a US$ 100 – e depois recuado um pouco para US$ 85. Esse cenário impacta diretamente a economia dos Estados Unidos, uma vez que o aumento no combustível é sentido imediatamente pela população, o que não ocorre no Brasil, que precisa de um repasse da Petrobrás dos preços. Além disso, a alta do petróleo faz com que os Bancos Centrais continuem enfrentando dificuldades com a inflação dos países.
No Brasil, depois de segurar por muito tempo os juros elevadas, o Banco Central diminuiu as taxas no início de agosto. A previsão era que ela continuasse baixando, atingindo 9% ao final de 2024. Porém, com o cenário internacional, isso pode ser mais difícil de acontecer. Caso os juros continuem altos, os impactos podem ser maiores para as pequenas empresas, startups e fintechs, que terão dificuldades para arcar com os preços do mercado.
Imagem: Envato
