Comportamento
Brasil perdeu mais de US$ 500 mi graças a eventos climáticos extremos
Falta de iniciativas de desenvolvimento urbano sustentável no Brasil chamam atenção para a importância do ESG nas cidades
Um estudo realizado pelo Global Catastrophe Recap, da seguradora Aon, calculou que o Brasil enfrentou perdas em US$555 milhões relacionadas a eventos climáticos extremos nos primeiros nove meses do ano passado: US$205 milhões foram apenas com as fortes chuvas ocorridas em junho no Rio Grande do Sul.
À medida que essas ocorrências vão ficando mais frequentes, surgem iniciativas para chamar atenção da população e dos governos sobre a urgência de encontrar seus papéis para construir um futuro sustentável. Diante desse cenário, o Festival Cidade do Futuro, maior evento do país de inovação e sustentabilidade para pensar o futuro das cidades, traz ao palco a discussão sobre o papel das metrópoles para impulsionar a sustentabilidade no país, por meio de palestras que abordam temas como “Lucro, Inovação & Sustentabilidade: o dilema para o futuro das empresas”, “Fórum de cidades resilientes e sustentáveis”, “Inovação verde: Acelerando a economia verde com inteligência artificial” e “Fórum dos governos verdes”.
“Quando pensamos em ações em prol do meio ambiente, automaticamente vem à cabeça as iniciativas governamentais relacionadas ao tema, mas é importante frisar que, para maximizar os resultados, é essencial o compromisso contínuo de todas as partes interessadas, desde governos e empresas, até comunidades locais e organizações da sociedade civil. Por isso, nós pensamos em um evento voltado para todos que desejam ser parte da mudança, trazendo diferentes perspectivas, discussões e tecnologias voltadas para um futuro melhor”, explica Michel Porcino, idealizador do Festival e CEO do OFuturo.
Apesar do ESG ser um tema quente no ambiente de negócios, ainda há um longo caminho a ser percorrido: de acordo com o relatório Luz da sociedade civil da agenda 2030 no Brasil, que analisou o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODSs) definidos até o último ano, 118 metas de um total de 164 definidas sofreram um retrocesso e/ou estão estagnadas. Isso mostra que não estamos nem no caminho para a diminuição de gastos e ocorrências de eventos climáticos extremos como os mencionados.
Neste ano, a 3ª edição do Festival Cidade do Futuro, que acontece entre os dias 14 a 16 de março, em São Paulo, terá como mote “Construir um futuro sustentável para o Brasil” e irá promover a ocupação de locais icônicos do centro histórico da cidade, com o objetivo de impactar um dos lugares com maior movimentação na capital mais populosa do país. “O amanhã das nossas cidades depende do nosso compromisso. Ao investir em práticas e políticas que promovam sustentabilidade, equidade social e crescimento econômico, podemos construir cidades mais resilientes, vibrantes e prósperas para todos os seus habitantes. O momento de agir é agora para moldar um futuro mais promissor”, finaliza Porcino.
Imagem: Reprodução