Marketing
Pão de Açúcar perde posição para Grupo Mateus no ranking da Abras
Marca cedeu a terceira colocação para rede do Nordeste após registrar prejuízo líquido de R$1,1 bilhão no último trimestre de 2022
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) perdeu o terceiro lugar no Ranking Abras, divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados, para o Grupo Mateus. Com um faturamento de R$18,5 bilhões em 2022, a empresa caiu para a quarta posição, enquanto o Grupo Mateus registrou R$24,6 bilhões em receita bruta no ano passado. O Carrefour manteve a liderança do ranking pelo sétimo ano consecutivo, com um faturamento de R$108,1 bilhões em 2022, seguido pelo Assaí Atacadista.
O setor supermercadista brasileiro teve um faturamento total de R$695,7 bilhões em 2022, considerando todos os formatos e canais de distribuição, segundo a Abras. O GPA é dono das bandeiras Pão de Açúcar, Compre Bem, Mercado Extra e da colombiana Éxito. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo de R$248 milhões, enquanto no mesmo período de 2022 havia registrado lucro de R$1,4 bilhão.
O ranking da Abras considera os resultados de 2022, quando o GPA registrou prejuízo líquido de R$1,1 bilhão no último trimestre. A empresa informou que gastou R$227 milhões com reestruturação e precisou aumentar contingências trabalhistas e tributárias. Marcelo Pimentel, presidente do GPA, afirmou que o ano passado foi de “consolidação das diretrizes do novo GPA”, com a decisão de encerrar os hipermercados e concentrar a operação em supermercados premium, lojas de proximidade e adoção de múltiplos canais de venda.
O Grupo Mateus opera supermercados e lojas de atacado no Norte e no Nordeste do país e registrou lucro líquido de R$1 bilhão em 2022. A empresa fez o maior IPO (oferta pública de ações) de 2020 e levantou R$4,6 bilhões. O Carrefour, líder do ranking da Abras, viu suas ações caírem após anunciar prejuízo líquido de R$113 milhões de janeiro a março de 2023, resultado do impacto dos custos da compra do Grupo BIG. O Brasil encerrou 2022 com 94,7 mil supermercados, mais do que os 92,5 mil registrados no ano anterior, com 28 milhões de consumidores que fizeram 245,4 mil compras.
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