E-commerce
Comércio na América Latina enfrentou 200 milhões de ataques
Relatório da Akamai Technologies mostra que cerca de 200 milhões de ataques foram registrados
Um estudo conduzido pela Akamai Technologies revelou que o setor do comércio é o mais frequentemente alvo de ataques na web e de APIs, representando mais de 14 bilhões de incursões identificadas. Esses ataques abrangem os setores de turismo e varejo, e somente na América Latina foram registrados 200 milhões de ataques. No Brasil, de acordo com a ClearSale, foram registradas tentativas de fraudes no comércio eletrônico que totalizaram R$5,8 bilhões em 2022.
Helder Ferrão, Gerente de Marketing de Indústrias para a América Latina, observou que o setor do comércio possui maior domínio em relação a outros setores, mas também possui menos regulamentação. Ele ressalta que a integração crescente entre diferentes plataformas de fornecedores e parceiros contribui para o aumento do risco para as organizações.
As APIs (Interface de Programação de Aplicativos, em tradução livre) funcionam como uma “via” que conecta sistemas de fornecedores, parceiros e terceiros, permitindo a integração e troca de informações entre eles. Um exemplo prático é a utilização do login de uma rede social para acessar contas em outros sites, aplicativos ou sistemas. No caso das aplicações web, elas são executadas pelos clientes dentro do ambiente do comércio eletrônico, através de um navegador, proporcionando uma experiência semelhante à dos aplicativos.
Além disso, o armazenamento dessas aplicações geralmente é realizado em nuvem. Segundo o especialista, as interfaces das APIs podem enfrentar dificuldades de autenticação, negação de serviço, ataques volumétricos e bots maliciosos. O relatório também destaca que foram registrados mais de 5 trilhões de eventos relacionados a bots mal-intencionados em um período de 15 meses. Embora esses softwares não tenham sido criados com fins maliciosos, eles são amplamente utilizados por criminosos para oferecer riscos aos usuários.
No que diz respeito aos ataques de phishing, os varejistas continuam sendo um dos principais alvos dos fraudadores. Segundo o relatório, no primeiro trimestre de 2023, o setor do comércio foi o segundo mais atacado por campanhas de phishing, representando mais de 30% dos ataques, ficando atrás apenas do setor de serviços financeiros.
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