Comportamento

Como tomar medidas de inclusão e cuidado às mulheres nas empresas

De acordo com especialista, é necessário que a desigualdade de gênero deixe de ser desconsiderada sobre as mulheres nas empresas

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Homem de camisa branca pesa boneco azul representando homem em gangorra, com mulher em desprivilégio

De acordo com o relatório Esgotadas, do Think Olga, quase metade das mulheres brasileiras tem algum problema relacionado à saúde mental, como depressão e ansiedade. Entre os motivos apontados por elas como agentes adoecedores estão, principalmente, fatores profissionais: falta de dinheiro, sobrecarga e insatisfação com o trabalho são os principais fatores. Nesse sentido, o mercado profissional tem influência sobre a saúde mental das mulheres nas empresas.

De acordo com a psicóloga Joana Novaes, é preciso que as empresas considerem que existem diferenças entre homens e mulheres, e reconheçam as desigualdades sociais. “A premissa básica é começar não desconsiderando as diferenças de gênero, como diferenças fisiológicas como dores, afazeres, demandas socioculturais que não são as mesmas para homens e mulheres. Então não se pode exigir as mesmas coisas cínica e hipócritamente, partindo de uma equidade que não existe. Não existe no salário, no que se espera de uma mulher nos afazeres domésticos e parentais, porque se vai exigir então a mesma coisa no trabalho?”

Para a psicóloga, é importante que medidas como a empresa facilitar a viabilização de creches para deixar os filhos, respeitar a licença maternidade, e criar políticas como a da Espanha, considerando o momento da menstruação como fator estressante. “É claro que [a menstruação] tem impacto, porque se é uma fonte de ansiedade, e, consequentemente, não se pode falar de ansiedade sem depressão, é claro que isso afeta diretamente na saúde mental das mulheres. Não se pode reduzir a mulher a seu corpo, à sua dimensão biológica, mas ignorar essas diferenças radicais tampouco deve ser feito”, afirma a psicóloga.

No Brasil, as mulheres são a maior parte dos desempregados; entre elas, a taxa de desocupação, segundo o IBGE, é de 13,9%, enquanto, entre eles, é de 9%. Por outro lado, elas são as que mais estudam, e têm mais chances de se formar na universidade. “É preciso dar condições para que essa mulher tenha reconhecido seu capital cultural, intelectual, e seja melhor remunerada”, explica Novaes.

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Imagem: Envato

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