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Operação

Compras conjuntas de empresas ultrapassam R$ 50 bilhões no varejo em 2023

Modalidade diz respeito a empresas que fazem compras de insumos juntas; MG, RS e SP lideram número de transações

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Aperto de mãos em escritório

O volume de transações de compras conjuntas realizadas por redes associativas e centrais de negócios ultrapassou a marca de R$ 50 bilhões nos três primeiros trimestres de 2023. O valor é 12,9% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, quando o acumulado até setembro de 2022 era de R$ 45 bilhões. Os dados consideram informações da plataforma AC Hub da Área Central, especialista em tecnologia e inteligência para grupos de negócios, que atende mais de 200 redes associativas, franquias e centrais varejistas, que, juntas, representam  cerca de 15 mil empresas brasileiras.

As compras conjuntas contemplam uma modalidade de operação em que empresas se unem para adquirir produtos com maior poder de negociação. Em crescimento na última década no país, o modelo é destaque em segmentos diversos que exigem altos volumes de compras e estoques de mercadorias. No Brasil são mapeadas 512 redes e centrais de negócios ativas.

De acordo com a Área Central, de janeiro a setembro de 2023, as compras conjuntas monitoradas pela empresa alcançaram o valor de R$ 50.911.697.915,23, considerando as transações de empresas de 16 setores: agronegócio; alimentício; automotivo; centro de saúde; construção civil; elétrica e pintura; farmácia; marcenaria; papelaria; materiais de construção; saúde animal; indústria; metal mecânica; móveis e elétro; supermercados e vestuário.

Conforme o levantamento, o setor supermercadista responde por 73,82% da movimentação financeira em compras conjuntas registradas pela plataforma, somando R$ 37.58 bilhões transacionados. Na sequência aparecem os segmentos de materiais de construção (R$ 8.41 bilhões) e marcenarias (R$ 2.09 bilhões).

Top 3 segmentos 2023
Segmento Volume
supermercados R$ 37.584.588.411,76
materiais de construção R$ 8.416.271.085,84
marcenarias R$ 2.099.021.485,32

Dentre os estados brasileiros onde esses negócios mobilizaram os maiores valores em compras conjuntas estão Minas Gerais (R$ 8.95 bilhões registrados), Rio Grande do Sul (R$ 8.74 bilhões) e São Paulo (R$ 5.52 bilhões).

Top 3 estados 2023
UF Volume
MG R$ 8.950.239.148,71
RS R$ 8.740.102.683,32
SP R$ 5.523.185.427,50

“Quando começamos a atender as redes e centrais de negócios já sabíamos que poderíamos contribuir para o sucesso de inúmeros empreendimentos com as compras conjuntas, mas, passada mais de uma década conseguimos enxergar um amadurecimento de diferentes setores, que, hoje formam verdadeiras comunidades associativas que estão sendo capacitadas pela tecnologia e tornando as compras conjuntas parte da sua estratégia de crescimento e competitividade”, afirma Jonatan da Costa, CEO da Área Central.

Segundo o especialista, além de oportunizar que as empresas se reúnam para abordar fornecedores sobre a compra de determinados produtos e insumos, o modelo de compra em grupo também representa economia. “A compra conjunta concede um poder de barganha maior e a possível conquista de preços mais baixos. Essas transações também podem permitir que comércios menores consigam negociar em condições mais competitivas, que poderiam não ser viáveis de forma individual”, completa.

Imagem: Envato