Consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos saudáveis, diz pesquisa

Um estudo divulgado pela consultoria Kearney revela que 79% dos consumidores da América Latina consideram os produtos sustentáveis mais saudáveis. Segundo a pesquisa, essa percepção representa uma oportunidade para as empresas do setor de alimentos e bebidas (CPG, na sigla em inglês) desenvolverem estratégias que associem sustentabilidade e saúde com diferenciação de preços.

A pesquisa indica que, apesar de a sustentabilidade estar comumente atrelada a preços mais altos, o custo continua sendo um fator relevante para a decisão de compra. De acordo com o levantamento, 89% dos consumidores apontam o preço como principal barreira para adquirir produtos sustentáveis.

A Kearney sugere que a combinação entre estratégias de preços premium e aumento de volume pode ampliar o alcance e a rentabilidade dessas empresas. “Empresas que conseguem equilibrar preços e volume podem expandir significativamente a adoção de produtos sustentáveis e, ao mesmo tempo, melhorar o retorno sobre o investimento dos seus esforços em sustentabilidade”, afirma Omar Caraballo, sócio da Kearney e um dos responsáveis pelo estudo.

O levantamento também identifica dois perfis de consumidores com maior propensão a adquirir produtos sustentáveis: os chamados “Responsáveis” e “Fitness”. Segundo a consultoria, esses grupos atribuem valor à interseção entre saúde e sustentabilidade e demonstram disposição para pagar mais por produtos saudáveis. Os consumidores classificados como Responsáveis, por exemplo, chegam a aceitar um acréscimo de até 19% no preço.

Outro dado apontado pela pesquisa é que os consumidores respondem melhor às alegações de sustentabilidade quando essas são comunicadas diretamente no produto. A Kearney indica que a sustentabilidade deve ser apresentada como um benefício intrínseco, especialmente quando vinculada à saúde, que representa um dos principais fatores de decisão de compra para mais da metade dos consumidores da região.

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