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Da Canton Fair para o Brasil: a inovação que redefine o futuro da eletrificação, automação e bens de consumo
Entre 12 e 20 de outubro, estive na China para visitar a Canton Fair, a maior feira de tecnologia, importação e exportação do mundo — um verdadeiro termômetro das transformações que moldam o cenário global de tecnologia, manufatura e consumo. Mais do que lançamentos ou curiosidades, o que se viu foi um retrato vivo de como a convergência entre indústria, automação e comportamento do consumidor está redesenhando o presente.
O primeiro ponto que salta aos olhos é a velocidade da digitalização das fábricas e residências. Em praticamente todos os pavilhões, a presença de robôs colaborativos, linhas de montagem inteligentes e sensores embarcados em produtos do dia a dia confirmam que a indústria chinesa já opera no paradigma da manufatura preditiva — aquela que usa dados em tempo real para ajustar produção, estoque e logística. Essa tendência, que conecta a fábrica diretamente ao consumidor, aponta um caminho inevitável para empresas brasileiras: usar tecnologia não apenas para produzir mais, mas para produzir melhor e entender as necessidades locais.
O segundo grande insight vem do comportamento do consumidor local. Na China, comprar é uma experiência social e digital ao mesmo tempo. Live commerce, personalização de produtos e storytelling de marca não são diferenciais — são o padrão. O público busca conveniência, conexão e propósito, e isso muda completamente a forma como as marcas se relacionam com ele. Para o Brasil, onde o varejo digital cresce em ritmo acelerado, esse é um sinal claro: não basta vender produtos, é preciso entregar experiências integradas e podemos intensificar nosso aprendizado com a China sobre como criar esta conexão entre consumo e experiência — e marcas como a Elgin, que combinam tradição e inovação, estão bem-posicionadas para liderar essa evolução.
Outro destaque é o avanço da sustentabilidade industrial. A nova geração de produtos incorpora materiais recicláveis, eficiência energética e design modular — conceitos que unem tecnologia e responsabilidade ambiental, exemplo são os novos materiais para as baterias de Sódio, que possuem a mesma capacidade de cargas das atuais de chumbo e lítio, porém com recursos produtivos mais abundantes. Essa transformação ecoa a urgência de trazer ao Brasil soluções que sejam não apenas acessíveis, mas também sustentáveis e adaptadas à nossa realidade. É aqui que a indústria nacional pode se destacar: tropicalizar a inovação, traduzindo tendências globais em soluções viáveis para o nosso mercado.
Ao final dessa imersão, uma conclusão se impõe: a fronteira entre tecnologia, consumo e indústria desapareceu. Quem dominar essa interseção — conectando dados, design e propósito — moldará o futuro dos bens de consumo. A Elgin, ao acompanhar de perto esses movimentos globais, reforça seu papel como marca que antecipa o que vem pela frente: um ecossistema de produtos inteligentes, conectados e sustentáveis, feitos para simplificar a vida das pessoas.
Imagem: Reprodução
*Por Marcel Serafim, Diretor Executivo de Bens de Consumo da Elgin
