Economia
Desemprego atinge menor nível para trimestre em 10 anos
Taxa também é menor índice registrado para qualquer trimestre desde janeiro de 2015
A taxa de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em junho de 2024 caiu para 6,9%, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice registrado para um trimestre desde janeiro de 2015, quando também foi de 6,9%. Especificamente para o período de três meses encerrado em junho, o índice não era tão baixo desde 2014.
No trimestre móvel anterior, encerrado em março de 2024, a taxa de desemprego estava em 7,9%. No segundo trimestre de 2023, o índice era de 8%. O resultado de junho de 2024 é menos da metade do pico da série histórica do IBGE, registrado em março de 2021, quando a taxa alcançou 14,9%, em meio ao auge da pandemia de covid-19. A série histórica do IBGE teve início em 2012.
O número de pessoas em busca de trabalho no trimestre encerrado em junho de 2024 totalizou 7,5 milhões, o menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Isso representa uma queda de 12,5% em comparação com o trimestre anterior e de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A população ocupada no país também atingiu um novo recorde, com 101,8 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O número de empregados no setor privado também alcançou o maior valor já registrado, com 52,2 milhões de pessoas, impulsionado por novos recordes tanto no total de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) quanto sem carteira assinada (13,8 milhões).
O número de desalentados — ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não vão encontrar uma vaga — recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024. Este número representa uma redução de 9,6% em relação ao trimestre anterior e é o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016, quando foi de 3,2 milhões.
Os dados do IBGE foram divulgados um dia após a publicação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Diferentemente da Pnad, que apura todas as formas de ocupação, o Caged traz informações apenas sobre empregos formais com carteira assinada.
Segundo o Caged, o Brasil fechou o mês de junho de 2024 com um saldo positivo de 201.705 empregos formais, uma expansão de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse saldo resulta de 2.071.649 admissões e 1.869.944 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo é de 1,3 milhão de vagas, enquanto nos últimos 12 meses, o saldo acumulado foi de 1,7 milhão de empregos formais.
Imagem: Envato