Economia
Dia das Mães anima, mas floristas não atingem período pré-pandemia
Com a retorma de festas e casamentos, setor tenta se recuperar e sofre com custo de produção e mão de obra
Os preços das flores neste Dia das Mães ainda sofreram com o desequilíbrio entre oferta e demanda, causado pela pandemia, segundo floristas e produtores. Apesar disso, a expectativa é que as vendas aumentem em comparação com o ano passado, segundo matéria da Folha de São Paulo.
Thiago de Oliveira, chefe da seção de economia da Ceagesp, explicou que a demanda pelo setor despencou com a pandemia, já que eventos como casamentos e bailes de debutantes foram cancelados. Com a retomada, o custo de produção e o valor da mão de obra aumentaram, refletindo nos preços. A Ceagesp, no entanto, não prevê alcançar o patamar pré-pandemia em um futuro breve.
Renato Optiz, diretor do Ibraflor, afirma que a oferta das floristas neste ano já melhorou, mas ainda não atingiu o equilíbrio perfeito. Ele explica que há algumas flores de corte cujo ciclo chega a ser de até dois anos, mas 80% da produção já foi retomada. Anely Roche, dona do estúdio Terrane, afirma que o mercado ainda não consegue garantir competitividade e que depende de poucos produtores para abastecer sua loja. A cooperativa Veiling Holambra estima que o volume de flores comercializadas atinja 22,2 milhões de unidades neste Dia das Mães, um pouco acima do observado no ano passado.
Os floristas Cooperflora e Ceaflor, localizados na região de Holambra, também apontam para um aumento de 6% a 10% no volume vendido para o Dia das Mães deste ano em comparação com o ano passado. A florista Gabriela Nora, porém, afirma que a alta demanda dos supermercados está atrapalhando o abastecimento das floriculturas e ela teve dificuldade em comprar as flores para sua loja, a Galeria Botânica. Por isso, precisou reajustar o preço em 15%.
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Imagem: Freepik