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EMS propõe incorporar Hypera e criar gigante do setor farmacêutico

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EMS Hypera

A EMS apresentou uma proposta de incorporação com a Hypera, que pode resultar na criação da maior empresa farmacêutica da América Latina, de acordo com informações divulgadas pelos portais NeoFeed e Exame. O novo grupo teria um faturamento de R$ 15,9 bilhões e controlaria 17% do mercado.

As conversas entre as empresas já vinham ocorrendo há algum tempo, mas a EMS formalizou a oferta após a Hypera anunciar um plano de otimização de capital de giro, que deverá impactar as vendas e o lucro no próximo ano. O plano da Hypera inclui também um programa de recompra de até 7,5% de suas ações. Antes do anúncio da proposta, as ações da empresa haviam caído 5% no pregão da última segunda-feira (21).

A EMS, controlada por Carlos Sanchez, propôs uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de 20% das ações da Hypera por R$ 30 cada, um prêmio de 40% em relação ao preço atual das ações. A oferta inclui a troca de ações entre as duas companhias, avaliando ambas em cerca de 11,5 vezes o EBITDA. Os acionistas da Hypera que desejarem poderão vender suas ações diretamente à EMS pelo valor proposto.

A Hypera, dona de marcas como Neosaldina, Buscopan e Epocler, não possui um controlador definido. Seu maior acionista é João Alves de Queiroz Filho, com 20%, que costuma votar em conjunto com a holding mexicana Maiorem, que detém 16%.

Na proposta enviada ao conselho de administração da Hypera, a EMS apresentou potenciais benefícios como a expansão do portfólio de produtos e o fortalecimento da presença de mercado. A fusão das empresas seria complementar, com liderança nos mercados de genéricos, prescrição médica e produtos OTC (vendidos sem prescrição), além de sinergias significativas em termos de produção, logística e comercialização.

A companhia resultante teria um EBITDA de R$ 5 bilhões, com contribuições equivalentes de EMS e Hypera. A principal diferença entre as empresas está na dívida: a Hypera possui uma dívida líquida de R$ 8,2 bilhões, enquanto a EMS tem R$ 500 milhões em caixa. A nova empresa teria uma relação entre dívida líquida e EBITDA de 1,5 vezes, uma melhora em comparação aos 3,5 vezes atuais da Hypera.

A proposta da EMS ainda precisa ser aprovada em assembleia de acionistas.

EMS Hypera

Imagem: Reprodução

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