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Enchentes no RS causam perdas bilionárias, revela estudo

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As enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul elevaram o nível da água em até 5 metros acima do normal em várias cidades, afetando significativamente o setor de varejo e atacado do estado no último mês. Um estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) analisou o impacto econômico dessas inundações, destacando perdas substanciais e desafios para a recuperação.

O estudo utilizou dados do CNAE dos setores de varejo e atacado em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Cidades importantes como Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria e várias outras foram consideradas na análise. Estes locais, já conhecidos por sua significativa contribuição econômica, enfrentaram interrupções severas devido às enchentes.

Entre os setores mais afetados estão os de vestuário e acessórios, alimentos, produtos farmacêuticos, móveis e eletrodomésticos. Estabelecimentos de hipermercados e supermercados, por exemplo, viram-se forçados a fechar temporariamente, resultando em uma perda média diária de faturamento estimada em R$ 3,4 bilhões durante o período de interrupção dos negócios. Em um intervalo de 15 dias, isso se traduz em uma perda total aproximada de R$ 50,8 bilhões.

Danos estruturais e interrupções na cadeia de suprimentos

Os danos não se limitaram apenas aos inventários e equipamentos. A infraestrutura das lojas também sofreu grandes estragos, especialmente nos setores com alta concentração de estabelecimentos como vestuário e acessórios. Além disso, as cadeias de suprimentos foram interrompidas, causando escassez de produtos essenciais e impactando a cadeia de abastecimento de alimentos do estado.

Estabelecimentos maiores, com receitas mais altas, possuem mais recursos para reconstruir e retomar as operações. No entanto, empresas menores enfrentam desafios consideráveis para se recuperar dos danos. A vantagem competitiva do Rio Grande do Sul na indústria têxtil e de moda está ameaçada, assim como a resiliência econômica do estado como um todo.

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Para mitigar esses impactos, o estudo do IBEVAR-FIA destaca a necessidade de planos de contingência e transformação digital. Estabelecimentos com forte presença online e capacidades de comércio eletrônico estão mais bem posicionados para continuar operando apesar dos danos físicos às suas lojas.

Impactos na economia 

O setor varejista de vestuário e acessórios, um importante empregador no Rio Grande do Sul, pode sofrer perdas de empregos devido ao impacto das enchentes. Isso tem implicações amplas para o mercado de trabalho e a recuperação econômica do estado. Além disso, o turismo, especialmente em setores como comércio varejista de souvenirs e artigos esportivos, também foi afetado, com uma recuperação prevista mais lenta.

O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul se estende além das fronteiras do estado, afetando a economia brasileira como um todo. Contribuindo com cerca de 6,4% do PIB nacional, uma interrupção significativa na atividade econômica do estado pode ter efeitos perceptíveis nos indicadores econômicos nacionais. Cadeias de suprimentos interconectadas e o mercado consumidor do estado, que abriga mais de 11 milhões de pessoas, são aspectos críticos a serem considerados.

Fato é que as enchentes no Rio Grande do Sul criaram um cenário desafiador para o setor varejista, com danos extensos aos estabelecimentos e interrupções significativas nas operações comerciais. A recuperação exigirá esforços coordenados de empresas, governo e comunidade para restaurar a atividade econômica e apoiar a resiliência do setor. Avaliar a extensão dos danos e desenvolver medidas de apoio direcionadas será fundamental para a recuperação e crescimento sustentável da região.

Imagem: Envato

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