Food service registra retração real de 5,3%

O Índice de Desempenho do Food Service (IDF), divulgado pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), registrou crescimento nominal de 1,4% em fevereiro. No entanto, ao descontar a inflação medida pelo IPCA, o desempenho real do setor apresentou retração de 5,3%.

De acordo com o IFB, fatores relacionados ao calendário influenciaram os resultados do mês. Em 2025, fevereiro teve um dia útil a menos em comparação com 2024, devido ao ano bissexto. Além disso, o feriado de Carnaval, que ocorreu em fevereiro de 2024, foi celebrado em março neste ano. Segundo o Instituto, o fechamento do primeiro trimestre, previsto para abril, deve permitir uma análise mais precisa dos dados, eliminando os efeitos sazonais.

A variação regional foi heterogênea. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram crescimento nominal de 7,3% e 7,0%, respectivamente. O Nordeste teve alta de 3,7%. Já o Sudeste registrou queda de 0,9%. Na análise de mesmas lojas, houve recuo de 0,5%, o que indica redução no volume de vendas em estabelecimentos já existentes.

No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, o crescimento nominal foi de 3,8%, enquanto o crescimento real ficou em 1,9%. O delivery respondeu por 22,7% das vendas em fevereiro. Os centros comerciais apresentaram crescimento de 7,3%, e as lojas de rua, 3,9%.

O número de estabelecimentos teve variação positiva de 1,7% na comparação anual. Em fevereiro, foram abertas 19 novas lojas, sendo 7 em centros comerciais e 12 de rua. No mesmo período, 40 estabelecimentos encerraram as atividades.

O ticket médio foi de R$ 45,60, com alta de 5,94%, valor alinhado com a inflação anual do setor, que ficou em 5,9%. Já o volume de transações caiu 3,1%.

Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB, explicou que o setor de food service segue demonstrando resiliência, mas o impacto da inflação e a redução no volume de transações mostram que desafios ainda não foram superados. “Precisamos de estratégias inovadoras e maior eficiência operacional para garantir uma retomada sustentável”, afirmou.

“Os empresários precisam estar atentos às mudanças no comportamento do consumidor e focar em otimização e digitalização para manter a competitividade. A inovação será o diferencial para quem deseja crescer em um mercado cada vez mais desafiador”, completou Devisate.

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