Operação
Estivadores em greve paralisam portos nos EUA e afetam varejistas
Com a situação, muitos empresários começam a pedir à administração Biden que interceda para manter o transporte de mercadorias
O varejo norte-americano vem sofrendo os impactos de uma série de paralisações de estivadores sindicalizados nos últimos dias. As ações têm dificultado a operação de alguns dos maiores portões comerciais do país, incluindo Los Angeles e Long Beach, no sul da Califórnia, e o porto de Seattle, segundo informações do The Wall Street Journal.
As interrupções tiveram início na última quinta-feira (1º), e prosseguem em meio aos debates entre estivadores e seus empregadores sobre salários, benefícios aos trabalhadores, e termos para o uso de automação.
Na prática, os atrasos dos navios são os mais prejudicados, levando fabricantes e lojistas a esperar mais tempo do que o habitual para movimentar seus bens. Com a situação, muitos varejistas já começam a pedir à administração Biden que interceda para manter o transporte de mercadorias, incluindo a National Retail Federation (NRF).
Os portos “desempenham um papel crítico na vitalidade da economia americana”, disse a entidade em um comunicado. “Milhares de varejistas e outras empresas dependem de operações tranquilas e eficientes nos portos para entregar mercadorias aos consumidores todos os dias.”
Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a repórteres na segunda-feira que o governo incentiva “todas as partes a trabalhar de boa fé em direção a uma resolução mutuamente benéfica que garanta que os trabalhadores recebam os benefícios justos, a qualidade de vida e os salários que merecem”.
Especialistas em negociações contratuais dizem que há uma lacuna substancial entre as demandas do sindicato e o que os empregadores estão dispostos a pagar. Desse modo, a crescente frustração de ambos os lados está impedindo o progresso.
A Costa Oeste dos Estados Unidos é a mais movimentada para as importações da Ásia, e atualmente os portos estão no auge da alta temporada de remessas, quando os varejistas recebem pedidos para as férias de outono. A saída encontrada por algumas empresas têm sido desviar as encomendas para os portos da Costa do Golfo e da Costa Leste.
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