E-commerce
Grupo Zema investe no e-commerce e mira R$2,5 bi em faturamento
Com a pandemia, marca acelerou os investimentos no comércio eletrônico, que já responde por 10% das vendas totais
O Grupo Zema, varejista de Minas Gerais com 100 anos de história, planeja expandir suas vendas digitais e entrar em novos mercados para alcançar receitas de R$2,5 bilhões em 2023. Dividido em verticais, como Lojas Zema, Zema Financeira, Zema Consórcio, Zema Seguros e uma rede de concessionárias de veículos, o Grupo passou por mudanças na administração em 2019. Com a saída do CEO Romeu Zema, que se tornou governador de Minas Gerais, a empresa passou a ser liderada por Romero Zema, que ampliou o foco em serviços financeiros complementares ao varejo físico.
A marca Zema é muito forte em cidades pequenas do interior de Minas, onde aproveita a vantagem competitiva para vender produtos como consórcios, seguros de eletroeletrônicos e cartões de crédito aos consumidores fiéis. Os vendedores da empresa têm metas para a venda de produtos financeiros, e a combinação de varejo de eletro com a venda de produtos financeiros tem sido tão forte que ambos os negócios estão sob a mesma gestão, respondendo por 80% do faturamento, enquanto o restante vem das concessionárias.
Com a pandemia, o Grupo Zema acelerou os investimentos no comércio eletrônico, que já responde por 10% das vendas. O Zema.com, e-commerce da empresa, fez entregas em mais de 3.600 municípios em 2022, e entre as novidades está um marketplace aos moldes de concorrentes nacionais como Magazine Luiza. Para facilitar a logística de vendedores parceiros, a empresa planeja abrir quatro centros de distribuição, dois fora de Minas: um no Espírito Santo e outro em São Paulo.
Após um 2022 desafiador, em que a alta nos juros causou níveis recordes de inadimplência e o faturamento ficou estagnado em R$2,2 bilhões, a empresa começou a melhorar no quarto trimestre, com mudanças na política de concessão de crédito e uma atuação mais ativa na renegociação de dívidas em atraso. Para 2023, a expectativa do Grupo é de uma alta de 12% nas receitas e de uma expansão na rede de lojas, com oportunidades mapeadas em 65 novos pontos de venda em cidades de Minas Gerais onde a concorrência fechou lojas nos últimos meses.
Imagem: Freepik