Economia
Inadimplência das empresas volta a subir em abril
Do total de inadimplência, mais de 45% corresponde a créditos que uma empresa tem a receber; desses, R$ 5,4 bilhões não foram pagos na data
No quarto relatório de 2024, ao olhar para o período histórico, o índice de inadimplência apresentou um novo aumento expressivo após o menor índice desde 08/2022, atingido em março de 2024. Com uma variação significativa de 12,84% para mais, sendo, março com um percentual de 10,74% de inadimplência e abril com 12,12%.
O Índice Multiplike de Devedores (IMD) também mostra o cenário de curto, médio e longo prazos da inadimplência. A faixa de vencidos até 30 dias teve um salto que representa 42,79% do total de vencidos, ante 34,10%. Também há um aumento nas faixas de vencidos de 31 a 60 dias com 8% ante os 7,36%, e nos vencidos de 61 a 90 dias com 4,94% de inadimplência ante 4,59%.
Já para as faixas com maior tempo de vencimento houve uma queda em todas elas, vencidas entre 91 e 360 dias. Essas faixas somam 44,28%. Ou seja, se nota que são originações mais recentes que puxaram este aumento da inadimplência.
Somados os PLs dos fundos analisados, o montante atingiu R$ 47,2 bilhões em abril, deste total, R$ 45,1 bilhões são direitos creditórios, ou seja, quase 100%. Deste total, R$ 5,4 bilhões não foram honrados pelos tomadores de crédito em sua data original de liquidação. O estudo levantado em abril, contou com o número recorde de FIDCs na amostragem, sendo o total de 342 participantes.
Sobre os atuais dados trazidos pelo IMD, que analisa o cenário Multicedente/Multissacado, Volnei Eyng, CEO da Multiplike, ressalta que este aumento percentual de vencidos é muito devido ao prazo Safra que tem grande liquidação no dia 30/04. O aumento de vencidos de curto prazo ocorrido nos FIDCs ocorreu na indústria em geral, porém vale observar o desempenho no próximo mês para verificar o comportamento da faixa 31 a 60 dias”, explica.
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