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Maior corte da história da Amazon atinge centenas de profissionais

Divisões de streaming e entretenimento foram as principais afetadas pelas demissões em massa

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Fachada de escritório da Amazon

A Amazon emitiu um comunicado aos funcionários na manhã da última quarta-feira (10) anunciando planos para demitir “centenas” de trabalhadores no serviço de streaming Prime Video e nos estúdios MGM, enquanto o serviço de transmissão ao vivo de videogames Twitch está demitindo cerca de 500 pessoas, marcando a mais recente rodada de cortes da empresa de tecnologia após um ano recorde de demissões em 2023.

A Forbes obteve uma cópia do comunicado interno do vice-presidente sênior dos departamentos, Mike Hopkins, que afirmou que a decisão foi tomada após uma revisão de “quase todos os aspectos das operações comerciais” da empresa.

Os funcionários impactados pelas demissões devem ser informados nesta semana, com os impactados nas Américas sendo notificados até a tarde da última quarta-feira e os trabalhadores em outras regiões até o final da semana. O F5, da Folha de São Paulo, apurou que uma dezena de funcionários do Amazon Studios Brasil, responsável pela produção de conteúdo para o streaming, foi desligada.

De acordo com o comunicado, os trabalhadores demitidos receberão “um pagamento de rescisão, benefícios transitórios conforme aplicável por país e suporte externo para recolocação profissional”.

A Twitch também está cortando 35% de sua equipe — cerca de 500 trabalhadores — devido à falta de lucratividade, anunciou o CEO Dan Clancy na manhã de quarta-feira, depois que a Bloomberg relatou na terça-feira que a empresa se preparava para anunciar as demissões.

“Ao longo do último ano, analisamos quase todos os aspectos de nosso negócio com o objetivo de aprimorar nossa capacidade de oferecer ainda mais filmes, programas de TV e esportes ao vivo inovadores em uma experiência de entretenimento personalizada e fácil de usar para nossos clientes globais”, disse Hopkins na nota. 

“Como resultado, identificamos oportunidades para reduzir ou interromper investimentos em certas áreas, enquanto aumentamos nosso investimento e foco em iniciativas de conteúdo e produto que geram o maior impacto”, completou.

Mais de 27.000. Esse é o número de funcionários que a Amazon demitiu no ano passado — uma mudança brusca em relação ao boom de contratações em 2020 causado pela demanda induzida pela pandemia.

Cada vez mais as grandes empresas dos Estados Unidos têm cortado custos em setores como tecnologia, saúde e varejo nos últimos dois anos, resultando em um aumento de quase 200% nas demissões em 2023. Os empregadores temiam que a economia pudesse entrar em recessão devido à inflação crescente e a múltiplos aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o Banco Central americano.

Dezenas das maiores empresas do país não foram imunes a tais receios no ano passado, demitindo centenas de milhares de trabalhadores, com a Amazon reduzindo sua força de trabalho em quase 30.000. A varejista anunciou no final de 2022 que cortaria 18.000 funcionários, acabando por reduzir mais 9.000 no início de 2023, com reduções menores ao longo do ano. Os 18.000 trabalhadores que a empresa demitiu em janeiro passado foram o maior conjunto de demissões na história da empresa, de acordo com a Associated Press. A Amazon concluiu a aquisição de US$ 8,4 bilhões dos estúdios MGM em abril de 2022.

Fachada de escritório da Amazon

Escrito por Cailey Gleeson para Forbes
Imagem: Divulgação

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