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Maior shopping do mundo: o que os maiores malls do planeta ensinam ao varejo
Quando se fala em maior shopping do mundo, não se trata apenas de metragem ou número de lojas. Os maiores malls do planeta são verdadeiros ecossistemas de consumo, lazer, serviços e experiência, funcionando como cidades integradas e centros de inovação para o varejo global. Entender como esses empreendimentos operam é essencial para profissionais, marcas e gestores que querem acompanhar as transformações do setor.
O que define o maior shopping do mundo?
O título de maior shopping do mundo pode variar conforme o critério adotado. Alguns rankings consideram a área total construída, outros a área locável (GLA – Gross Leasable Area), enquanto há ainda classificações baseadas no número de lojas, fluxo de visitantes ou diversidade de serviços.
No varejo, a área locável costuma ser o critério mais relevante, pois indica o espaço efetivamente destinado às operações comerciais. Ainda assim, os grandes malls se destacam não apenas pelo tamanho, mas pela capacidade de reter o consumidor por mais tempo, oferecendo experiências completas.
Dubai Mall: o maior shopping do mundo em área total
Quando o assunto é maior shopping do mundo, o Dubai Mall, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é o nome mais citado. Considerado o maior mall do planeta em área total, ele faz parte do complexo do Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo.
O Dubai Mall reúne mais de 1.200 lojas, além de atrações que vão muito além do varejo tradicional, como:
- Um dos maiores aquários indoor do mundo
- Pista de patinação no gelo olímpica
- Cinemas de última geração
- Restaurantes de alto padrão e experiências gastronômicas imersivas
- Hotéis, escritórios e áreas residenciais integradas
Esse modelo transforma o shopping em um destino turístico internacional, mostrando como o varejo pode se integrar ao entretenimento, ao turismo e à hospitalidade.
Iran Mall: o maior shopping do mundo em área construída
Outro forte candidato ao título de maior shopping do mundo é o Iran Mall, localizado em Teerã, no Irã. Em termos de área construída, ele supera o Dubai Mall, sendo considerado por muitos o maior empreendimento comercial do planeta nesse critério.
O Iran Mall vai além da lógica tradicional de consumo e incorpora elementos culturais e institucionais, como:
- Bibliotecas e centros de convenções
- Museus e galerias de arte
- Hotéis e espaços para eventos
- Complexos esportivos e áreas verdes
Esse conceito amplia o papel do shopping como espaço social e cultural, reforçando uma tendência importante no varejo físico: a necessidade de gerar valor além da compra.
South China Mall: o maior shopping do mundo que ficou vazio
O South China Mall, localizado em Dongguan, na China, também já figurou como o maior shopping do mundo em área locável. No entanto, ele se tornou um caso emblemático por outro motivo: durante anos, permaneceu com grande parte de suas lojas vazias.
O empreendimento foi inaugurado com inspiração em cidades internacionais, como Paris e Veneza, mas enfrentou problemas como:
- Falta de demanda local compatível com o tamanho do projeto
- Localização pouco estratégica
- Planejamento desalinhado com o comportamento do consumidor
Hoje, o South China Mall opera de forma mais equilibrada, mas seu histórico ensina uma lição: o tamanho, por si só, não garante sucesso no varejo.
O que os maiores shoppings do mundo ensinam ao varejo?
Analisar os maiores malls do planeta revela aprendizados estratégicos fundamentais para o varejo global — inclusive para mercados como o brasileiro.
1. Experiência é tão importante quanto metragem
Os maiores shoppings do mundo não vendem apenas produtos. Eles vendem tempo de permanência, lazer, conveniência e emoção. Quanto mais experiências relevantes o mall oferece, maior é o engajamento do consumidor.
2. Integração de canais e serviços
Esses empreendimentos funcionam como hubs omnichannel, integrando lojas físicas, e-commerce, aplicativos, retirada em loja, entretenimento e serviços. O shopping deixa de ser apenas um ponto de venda e passa a ser um centro logístico e relacional.
3. Shopping como destino, não só como passagem
O conceito de destination mall é central nos maiores shoppings do mundo. Eles são planejados para que o consumidor vá até lá com intenção de passar horas — ou até dias —, e não apenas para compras rápidas.
4. Dados, tecnologia e personalização
Os grandes malls utilizam tecnologia para mapear fluxo, comportamento e preferências dos consumidores. Isso permite decisões mais inteligentes sobre mix de lojas, eventos, comunicação e experiências personalizadas.
Existe um “maior shopping do mundo” definitivo?
Na prática, não existe um único maior shopping do mundo absoluto. Tudo depende do critério analisado: área total, área locável, número de lojas ou impacto econômico. O que existe, de fato, são modelos de shopping gigantescos que funcionam como laboratórios avançados do varejo físico.
Os maiores malls do planeta mostram que o futuro do varejo passa por integração, propósito, entretenimento e centralidade no consumidor. Para marcas, lojistas e gestores, observar esses gigantes é uma forma estratégica de antecipar tendências e repensar o papel dos shoppings no presente e no futuro.
Imagem: Unsplash
