E-commerce
Marcas de renome no mercado de luxo abraçam o comércio virtual
Segundo levantamento da consultoria Statista, vendas online devem representar cerca de 4,8% do mercado de luxo nacional em 2023
As marcas de luxo estão abrindo caminho em direção ao comércio virtual, na busca por expandir seu alcance e atender a uma nova demanda dos consumidores. Empresas renomadas, como Chanel, Hermès e Estée Lauder vêm apostando na criação de lojas virtuais para alcançar clientes de alta renda e proporcionar uma experiência de compra exclusiva.
Embora as vendas físicas ainda dominem o mercado de luxo no país, a adesão ao comércio eletrônico é vista como uma estratégia essencial para impulsionar o crescimento e atender às expectativas dos consumidores modernos. O desafio agora é encontrar maneiras de replicar a atmosfera premium das lojas físicas no ambiente virtual, mantendo a essência da exclusividade que caracteriza o segmento de luxo.
Atualmente, esse mercado ainda concentra a maioria das vendas em lojas físicas no país. No entanto, marcas renomadas como Chanel, Hermès, Prada, Dior, Hugo Boss e Estée Lauder estão abrindo seus próprios sites na busca por clientes de alta renda, segundo informações do Estadão Conteúdo.
De acordo com especialistas consultados, o principal desafio para as grandes marcas é traduzir a experiência premium oferecida em lojas físicas, que inclui até mesmo o serviço de champanhe, para o ambiente virtual, sem perder a característica exclusiva que as define.
A consultoria Statista prevê que o segmento deve faturar US$2,85 bilhões no Brasil (cerca de R$ 14 bilhões) este ano, um aumento de 4,2% em relação a 2022. As vendas online devem representar 4,8% desse total.
O sucesso desse modelo de negócio dependerá de como os sites conseguirão replicar as experiências oferecidas nas lojas físicas. Nas lojas físicas, os vendedores têm a responsabilidade de explicar os produtos, mostrar combinações e ressaltar a qualidade dos itens, enquanto nos sites isso pode ser feito por meio de fotos, vídeos, chatbots e descrições detalhadas.
Um exemplo de marca de luxo que decidiu investir no comércio eletrônico é a Carol Bassi, que opera um site próprio há nove meses. Com três lojas físicas, cerca de 20% do faturamento da marca já vem das vendas online. Flávio Spacca, diretor de e-commerce do grupo, afirma que aproximadamente 60% das clientes que compram no site não utilizam as lojas físicas, enquanto 40% são de estados onde a marca não possui filiais.
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